Parece que alguém apagou os dados do Prof. Adelino Maltez do sistema da Faculdade, conforme o autor confirma. Já agora, a título de exemplo e motivação, deixo aqui a mensagem do seu site, que é bem esclarecedora:
«Breve mensagem
Um professor universitário é um funcionário da comunidade, um servus ministerialis, um escravo da função que lhe foi atribuída, mas que ele também professa, quando, para tanto, sente uma íntima vocação.
Não lhe cabe apenas dar aulas e produzir trabalhos de investigação. Não pode reduzir-se ao claustro das escolas onde exerce a actividade. Tem que procurar contribuir para a comunidade se pensar a si mesma, tentando que a universidade se aproxime da vida.
Mas não pode esperar que o poder instalado seja influenciado pelas suas reflexões. Nem ter a tentação de se transformar em "opinion maker".
Na universidade não se trabalha para o curto prazo, onde funciona o realismo neomaquiavélico. Porque pretende ascender-se ao estádio da ciência, do conhecimento, este tem de superar a mera opinião da conjuntura. Neste sentido, qualquer universitário deve assumir a coragem de estar em minoria.
A universidade só pode ter razão a médio e a longo prazos. Trabalha nas coisas perenes. Mas tem de reflectir a partir das circunstâncias do tempo e do espaço. Porque as essências apenas se realizam através da existência.
Os trabalhos de extensão universitária, nomeadamente as conferências públicas produzidas, possam, e devam, ser conhecidos por todos os interessados. O espaço da Internet, essa nova praça pública, talvez seja o lugar propício para esse encontro. Para os que não se angustiam com a atitude do "pé atrás" ou do "estar em bicos de pé".
Daí que esta página torne acessível aos interessados, grande parte das conferências que tenho proferido.
Aliás, os mesquinhos detractores dos professores universitários, esquecem, quase sempre, este trabalho gratuito que consome grande parte do nosso dia a dia. Esta consultadoria pública que não cobra honorários nem se integra em gabinetes de projectos subsidiados por fundos públicos, nacionais ou comunitários, onde muitos mercenários se escondem, esquecendo-se da máxima do bem pregas frei Tomás...
Peço desculpa por alguns subjectivismos e até pela tentação de alguma literatice em certas secções. Mas cada um é como é. E preferi não alinhar pela chateza dos curricula oficiais, onde todos nos acinzentamos.»
20 de agosto de 2007
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