31 de outubro de 2007

Agrupamento de Escolas de Aveiro

A Escola João Afonso aparece colocada em 59º lugar no ranking das escolas com exames nacionais do 9º ano de escolaridade.
Das primeiras 59, 52 são privadas, pelo que a Escola João Afonso é a 7ª do ranking das escolas públicas.
Parabés pelo trabalho de todos os docentes e alunos, assim como de funcionários, pais e demais envolvidos.
O importante é não descer, antes melhorar.
Parabéns!

Na Linha Da Utopia

Todos (os) Santos

1. É uma “multidão incontável”, como nos diz o livro do Apocalipse de João. Ninguém no mundo tenha a pretensão de contar o incontável, pois não é uma questão de números mas de qualidade. A Celebração de Todos os Santos faz-nos parar, reparar, viajar, (re)encontramo-nos nos nossos, os que vivemos com os que já partimos. É um gesto, um sinal, um carinho que quererá significar a continuada presença, pois cada ser humano nasce (do e) para o infinito de Deus. Sim, a dignidade humana fala-nos muito acima do finito da histórias e das coisas que todos os dias temos ou não temos em mãos.
2. É a celebração de TODOS os Santos. Todos, mesmo todos, não só para alguns! No fundo, nesse “todos” estão os que viveram do AMOR, os que dialogaram (ou em consciência recta dialogariam) com o “outro”; são os que amaram (Deus é Amor) de todas as nações, culturas, religiões, modos e formas de vida. Os que viveram a comunhão vivem agora essa comunhão de sentido existencial (muito acima do corpo biológico) com a fonte de todo o SER, Deus, o único Absoluto que é acolhido de forma criativamente diversa nas diferentes religiões e culturas e que no Cristianismo assume-se como uma PESSOA! Que proximidade directa e relacional admirável, Deus entre nós, como nesse desejado natal de todos os dias e todas as noites.
3. Dia de Todos os Santos, o dia da maior abertura de espírito! Não dia de todos os “santinhos”, isso não existe, a não ser em ainda muita da pesada tradição que continua a tardar em criar ponte directa com cada contemporaneidade. “Santos” sim, o mesmo é dizer: caminhantes na busca de uma perfeição absoluta, esta que está sempre acima do que somos, sempre a puxar por nós, no mundo do trabalho, das escolas, da sociedade, da comunidade humana. Lembra-nos este dia o essencial: somos bem mais que matéria, somos SER, consciência, lugar de diálogo existencial…que nos recria a esperança e o sentido da vida. No fim de tudo, e na medida em que amamos a vida, esta, transformando-se, só pode continuar, no eterno, no nosso espírito, numa presença carinhosa de paz com todos, com tudo.
4. Não é algo instrumental, não é uma coisa técnica, não tem fórmulas, tal como a paz, a poética, a liberdade, a felicidade e o amor não as tem. É bem mais profundo e a sua percepção depende da profundidade de cada coração humano que corajosamente se sabe abrir às possibilidades (e)ternas do amor. Cada gesto, cada vela, cada flor, será esse horizonte pacífico que em Deus nos torna presentes uns nos outros. Como diz Agostinho da Silva, «o tempo que vivemos, se for mesquinho, amesquinha o eterno». Não amesquinhemos, neste dia libertemos esse nosso “eterno” num abraço terno aos nossos; esse abraço que cada dia se quer multiplicar na construção da justiça e da paz!
Alexandre Cruz [31.10.2007]

La lettre de Guy Moquet


La lettre de Guy Moquet
Vídeo enviado por sarkozyfrance2007
Seguindo uma pista do Fumaças, vale a pena deixar aqui a Carta de Guy, um jovem fuzilado pelos Nazis. Para que não se esqueça!

"Ma petite maman chérie,


mon tout petit frère adoré,


mon petit papa aimé,


Je vais mourir ! Ce que je vous demande, toi, en particulier ma petite maman, c'est d'être courageuse. Je le suis et je veux l'être autant que ceux qui sont passés avant moi. Certes, j'aurais voulu vivre. Mais ce que je souhaite de tout mon cœur, c'est que ma mort serve à quelque chose. Je n'ai pas eu le temps d'embrasser Jean. J'ai embrassé mes deux frères Roger et Rino. Quant au véritable je ne peux le faire hélas ! J'espère que toutes mes affaires te seront renvoyées elles pourront servir à Serge, qui je l'escompte sera fier de les porter un jour. A toi petit papa, si je t'ai fait ainsi qu'à ma petite maman, bien des peines, je te salue une dernière fois. Sache que j'ai fait de mon mieux pour suivre la voie que tu m'as tracée.


Un dernier adieu à tous mes amis, à mon frère que j'aime beaucoup. Qu'il étudie bien pour être plus tard un homme.


17 ans 1/2, ma vie a été courte, je n'ai aucun regret, si ce n'est de vous quitter tous. Je vais mourir avec Tintin, Michels. Maman, ce que je te demande, ce que je veux que tu me promettes, c'est d'être courageuse et de surmonter ta peine.


Je ne peux en mettre davantage. Je vous quitte tous, toutes, toi maman, Serge, papa, en vous embrassant de tout mon cœur d'enfant. Courage !


Votre Guy qui vous aime.


Guy


Dernières pensées : Vous tous qui restez, soyez dignes de nous, les 27 qui allons mourir !"

Fórum UniverSal

CONVITE>>14 de Novembro, 21.00h
::CUFC Campus UA

Globalização, Economia e Desenvolvimento Humano

c/ Francisco Sarsfield Cabral Especialista em Assuntos Económicos

Moderação: Ivan Silva Diário de Aveiro

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HISTORIAL FÓRUM::UNIVERSAL

Júlio Pedrosa (UA, CNE), Guilherme d’Oliveira Martins (Centro Nacional de Cultura),
Fernando Nobre (AMI), Rui Marques (ACIME), Laurinda Alves (Jornalista, XIS Público), Adriano Moreira (CNAVES), Margarida Santos (Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres), Fernando Vieira (CERCIAV), José Carlos de Vasconcelos (JL, Visão), D. Ximenes Belo (Nobel da Paz 1996), João de Deus Ramos (Ex-Embaixador de Portugal na China – Fundação Oriente), Paulo Borges (Associação Agostinho da Silva), Vítor Ferreira (ICS-UL), Élio Maia (CMA), Mons. João Gaspar (Academia Portuguesa de História), Luís de Matos (Mágico),João Fernandes (OIKOS), Martinho Pereira (Banco Alimentar), Luís Antero Reto (ISCTE), Eduardo Marçal Grilo (Administrador Fundação Gulbenkian)

Entrevista ao MNEC

O desígnio de Portugal é o mundo, é o mundo (Correio da Manhã)

30 de outubro de 2007

Coisas da inteligência ou o contra-argumento para Watson (?)

100 Génios Contemporâneos (Expresso)

Educação

Insucesso escolar baixa, diz ministra (Público)

Cartas para Sakhalin - Diário de Aveiro (19)

Triste sentença
Nos últimos dias veio outra vez à baila o tema da Casa Pia de Lisboa. Uma entrevista de Catalina Pestana, ex-provedora, reacendeu, em termos mediáticos, o problema grave dos eventuais abusos sexuais sobre algumas das crianças à guarda daquela instituição.
Independentemente das críticas que podemos fazer a Catalina Pestana, nomeadamente perguntar-lhe o que fez para acabar com as práticas que diz ininterruptas, ela trouxe para a ribalta uma preocupação que nos afecta a todos.
Não só nos deixa consternados o facto de a pedofilia subsistir sobre aquelas infelizes crianças, mas também não sabermos em que pé anda a justiça relativa ao caso investigado. Afinal, o que se passou? O que se passa?
Se perguntarem a qualquer português o que acha que vai acontecer com o caso Casa Pia, qual acham que será a resposta? Sabemos que quase todas as pessoas consideram que não se fará justiça. O que significa isto?
A expressão mais ouvida em Portugal quanto aos casos mediáticos de suspeita de crimes graves que envolvam gente importante, com dinheiro ou poder – creio que a excepção que confirma a regra terá sido Vale e Azevedo, antigo presidente do Benfica – é aquela que diz que «tudo ficará em águas de bacalhau». Será maledicência pura ou espelho da realidade?
Os casos em que, através de expedientes jurídico-administrativos vários, famosos gabinetes de advogados tornam “inocentes” uns e outros, por cansaço, prescrição ou magia, são muitos e escandalosamente evidentes. É que não se trata de provar a sua inocência, mas antes enviar para as calendas gregas ou parte incerta qualquer sucedâneo da investigação, também ela, em muitos casos, ferida de morte.
Por outro lado, também é preciso denunciar a vergonha que é o julgamento em praça pública (nos média) a que tantos são sujeitos, sem a possibilidade de ver limpo o seu nome, enlameado pelo voraz apetite da pobreza espiritual, alimentado por uma comunicação social que não se percebe a que amo serve. Uma mistela de coisas que nos envergonham enquanto Estado supostamente democrático.
Preocupa-me sobretudo, devo dizê-lo, aqueles que não têm acesso a chorudas contas bancárias e aos respectivos gabinetes de advogados, ou que, sendo pequeninos, não chegam com a boca ao faústo repasto da corrupção.
Basta ver a promiscuidade entre políticos, clubes de futebol – não queria bater no ceguinho, mas não tenho como fugir –, juízes, autarquias, empresas de construção, entre outros. Até na minha pequena terra de origem as coisas são assim, exuberantes, para escárnio dos pobres, cujo único ganho é rir, rir de tanta loucura.
Não tenho a veleidade de querer propor uma cura milagrosa para tanta podridão. Não gosto de demagogia. O problema é complexo e precisa de todos.
Sei apenas que a justiça tem de se basear numa lei forte, simples, sólida sobre os criminosos e protectora dos inocentes, numa lei que esteja acima de todos e que sirva a todos. Mas não basta, pois é preciso um sistema e pessoas que a façam aplicar, sem contemplações. Esse sistema não existe em Portugal – não tapemos o sol com a peneira.
A justiça começa também em cada um de nós, nos nossos actos, naturalmente – que isto não vai apenas de pregar –, mas igualmente na capacidade de a reclamarmos, nas coisas de todos os dias, sem medo. Começa numa sociedade civil forte, capaz de se organizar e unir para contrabalançar poderes.
A opinião geral é de que a justiça está enclausurada nos tribunais, quais palacetes bolorentos no alto do Olimpo de onde soa o roar dos trovões para a populaça. Está certamente enclausurada na letra da lei, essa lei portuguesa “tão avançada”, eufemismo poético, habilmente articulado, que mais parece tecido para apanhar pequenas moscas e deixar escapar grandes moscardos.
O sentimento de impunidade e de incapacidade de fazer valer os nossos direitos mínimos é avassalador e triste. É como quando nos vendem um produto com defeito e pedimos justiça. O nosso interlocutor encolhe os ombros, diz-nos que não pode fazer nada e que teremos de falar com o gerente, esse mítico D. Sebastião. O problema é que, na maior parte das vezes, o gerente tarda em aparecer, ou há ainda outro gerente acima do gerente, e desistimos, cansados, descrentes.
O povo diz que não adianta, que não há nada a fazer. Quem terá ditado esta condenação?

Na Linha da Utopia

Alerta Amazónico!
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1. A ordem do dia irá ser cada vez mais marcada pelas questões ambientais. Como ao longo de cerca de duas décadas tem sublinhado Al Gore, Nobel da Paz 2007, «esta é uma questão moral, que afecta a sobrevivência da civilização humana». Ao olhar para trás, muitos foram os profetas que, do Oriente ao Ocidente, anteciparam a urgência de uma nova relação com a natureza que, afinal, também somos, e a qual devemos preservar. É isso mesmo, no fim de contas, esta é uma questão de “dever” ético.
2. À semelhança de muitos países africanos, por terras brasileiras, desde os tempos mais remotos dos “achamentos”, que os recursos naturais são explorados desmedidamente. De um lado, justificadamente, a necessária sobrevivência humana, do outro o interesse económico explorador que torna impossível uma saudável e urgente preservação. Diante dos que exploram desmedidamente muitos têm sido, em terras brasileiras, os mártires da defesa ambiental, de que poderá destacar Chico Mendes (no Acre, assassinado em 1988) e a Irmã Dorothy Stang que foi assassinada, aos 73 anos de idade, em Fevereiro de 2005.
3. Mas os ritmos dessa exploração descontrolada hoje são outros, bem piores, vão-se agravando, numa velocidade que obriga a fazer as contas ao tempo de vida do “pulmão” amazónico. Hoje, o desejo pelas madeiras tropicais vai desbravando mundos e fundos, onde os interesses madeireiros e agrícolas no extenso Brasil coloca em perigo o mais rico e diverso ecossistema do mundo. Sendo certo que nas zonas de proximidade da Amazónia o “mercado” é o rio e a floresta, o facto é que tanto a desflorestação desordenada como a sua queimada nas carvoarias ou não, além de ir secando o pulmão, representa uma gigantesca emissão de CO 2.
4. Com o ritmo a que se vai, com a destruição de cerca de 15 milhões de floresta tropical por ano, são aproximadamente 8 mil milhões de toneladas de CO 2 (dióxido de carbono) emitidas anualmente com o fumo dos incêndios, (para termos uma ideias) “factura” muito superior às emissões dos transportes terrestres. Que temos nós a ver com tudo isto? Que podemos fazer? Que soluções alternativas? A nossa sensibilização será sempre o primeiro passo para a mudança de mentalidade / acção. Mundo global, mais que nunca os bens ou os males de uma comunidade local, mais cedo que parece, chegam a toda a comunidade humana. Afinal, uma cidadania humana planetária, uma TERRA-PÁTRIA, é hoje a casa (OIKOS) comum. Colheremos sempre os fruto do que semeamos! Sem fanatismos, com realismos!

AC [29.10.07]

Na Linha Da Utopia

As claques e o presidente.
É futebol!
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1. Há dias, na Assembleia-Geral do Benfica, o caldo entornou-se! No fundo o caldo (das claques do e no futebol) é estruturalmente entornado. Não há muito tempo, até as suspeitas sobre o tráfico de (coisas… e) influências recaiam sobre grandes claques de grandes clubes. Mas tudo passou, como tudo passa, em ambiente de “apitos dourados” e mais apitos (de todas as cores) onde o obscurantismo é o ambiente propício para tudo ser possível. As claques são, hoje, mais um sub mundo deste mundo social futebolístico onde, tão simplesmente, por exemplo, devemos perguntar “o que fazem”, “onde trabalham”, “como ganham o pão de cada dia”, “como têm todo o tempo do mundo para o futebol”? E ainda: “o que fazem de bom pela sociedade e mesmo pelos clubes para parecer que têm ‘carta livre’”?
2. O caso de que falamos na dita Assembleia (desta como doutras) tem a sua merecida e emblemática apreciação. As claques de futebol que dão tanto jeito aos presidentes na hora de gritar e puxar pelo clube parecem querer “tomar” o poder. O presidente da direcção, na preocupação de uma gestão que tire o clube da bancarrota, vê-se surpreendido com os factos: as claques, como hábito, estão muito pouco (ou nada) importadas na gestão da colectividade e só querem o clube sempre a ganhar, só não querendo que se lhes toque no calcanhar. Quando a claque se sentiu “tocada” na Assembleia, eis que a ordem passou a desordem, a ponto de outro anterior presidente “puxar” (em vão) pelo respeito… Chama-se a polícia, e a Assembleia, à força, terminou. Nem parecia gente do mesmo clube! Parecia mesmo o cenário habitual dos estádios onde, tantas vezes, em jogos chamados “de risco” são às centenas os polícias que procuram dominar a “fera” humana…
3. Pelo andar da carruagem, e como são as emoções que comandam o barco clubístico (e social), qualquer dia os líderes das claques passam a ter um estatuto ainda mais especial; lembramo-nos de há algum tempo o guia da claque “super dragões” ter sido recebido na TV como se de figura ilustre, letrada e genial se tratasse. Tantas vezes alimenta-se o modelo de sociedade que se critica. As claques em Portugal (como afinal na Europa e Américas) são alimentadas pelos senhores da gestão do clube, pois estes precisam daqueles para a emoção ir ao rubro. Mas, no meio de tudo isto, verdade se diga: tanto jogadores, árbitros, treinadores e presidentes passam de bestiais e bestas num instante… E as claques, não merecerão uma análise mais cuidadosa da sua vida, quer do que são por dentro ao que manifestam por fora? Concluindo, em matéria que volta e meia vai sendo refrão de fim-de-semana: é lamentável que tantas vezes essa adrenalina das claques se manifeste em intolerância e em vandalismo com os outros e mesmo com as Estações de Serviço na Auto-Estrada! Mas, cuidado, o assunto tem de ser lidado com pinças, são emoções públicas, e estas são bem perigosas. No fundo, o seu tratamento (determinado ou não) depende sempre do modelo de sociedade que queremos.
Alexandre Cruz [30.10.2007]

29 de outubro de 2007

Na Linha Da Utopia

Casa Pia, ainda? Como é possível!
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1. Talvez mais ainda em matérias delicadas e alarmantes como esta, e como as conclusões deste processo “casapiano” retardam indefinidamente, o pensar do cidadão espelha o encontro com a verdade do bom senso concreto. O cidadão, ainda que não conheça os mecanismos processuais e morosos (naturalmente sempre justificados) da justiça, manifesta por si ou a razoabilidade da circunstâncias (o que não é o caso) ou a incredulidade alarmante dos factos e dos processos em andamento neste “Casa Pia” sem fim à vista.
2. É, naturalmente, de uma abrangência que não captamos (aliás o bom senso nacional não entende) tudo o que está a acontecer. Os dados estão na praça púbica. Após o choque do caso há já alguns anos, entra a justiça em acção pensando-se que “passado era passado”. As recentes declarações de Catalina Pestana (ao jornal Sol, 20 de Out.) como as de Pedro Namora (à Sic-Notícias, 27 Out.), sublinhando que o crime continua são de fazer arrepiar o país. Sai provedor entra provedor; sai juiz entra juiz; sai procurador entra procurador… Mas, pelas palavras de quem está dentro e garante que não se cala, o crime continua!(?).
3. De facto, custa a acreditar que assim seja. Se for mentira e tudo estiver já devidamente “purificado”, então que se chame a atenção dos declarantes (ainda não foram chamados). Mas é verdade que a crueldade pedófila prossegue, então torna-se difícil vislumbrar uma solução para Portugal. Neste país que precisa de um clima de confiança social, onde se deve sublinhar, promover e sensibilizar para os valores positivos na envolvência de todos na resolução dos problemas (que não faltam). Todavia, enquanto a JUSTIÇA não brilhar cintilante, são inexistentes as bases de uma sociedade democrática credível. Continuamos de “castelos no ar”, pois sem essas bases estruturais e edificantes de uma justiça (mais) eficaz e capaz toda a liberdade que se deseja fica turba…
4. Claro que é fácil dizer em cinco minutos aquilo que é um universo tão problemático como este de que falamos. Mas na sociedade portuguesa, a par do prolongamento (ineficaz?) deste caso a que se vieram juntar alguns aspectos da recente revisão do Código Penal nesta área, só o levantar da suspeita de que afinal estamos (quase) na mesma, deixa-nos sem palavras e sem ideias que vislumbrem um fim à vista. Tudo é estranho, tudo é longínquo, tudo parece adiado… que pensará o cidadão que vê recurso em cima de recurso, numa lentidão serena como que tivéssemos todo o tempo do mundo? Será mesmo verdade o que dizem essas recentes entrevistas que o crime continua? “Casa Pia” ainda? Como é possível!
5. Entre a palavra e o silêncio, entre o que se pode dizer / fazer, afinal, o que podem os cidadãos…por uma justiça mais justa? Ou será (esta mais uma) fatalidade as coisas terem de continuar assim mesmo…?! (Ou, ainda, teremos pressa demasiada?!)
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Alexandre Cruz [28.10.2007]

Lamb-Gabriel

Gosto especialmente desta canção, da sua sonoridade. Ouvi-a a primeira vez em Timor-Leste. Nem sei bem dizer porque me agrada tanto, mas parece-me vinda das estrelas, de um mundo distante, do reino da luz. Fica aqui a letra, também.

I can fly/But I want his wings/I can shine even in the darkness/But I crave the light that he brings/Revel in the songs that he sings/My angel Gabriel
I can love/But I need his heart/I am strong even on my own/But from him I never want to part/He's been there since the very start/My angel Gabriel/My angel Gabriel
Bless the day he came to be/Angel's wings carried him to me/Heavenly/I can fly/But I want his wings/I can shine even in the darkness/But I crave the light that he brings/Revel in the songs that he sings/My angel Gabriel/My angel Gabriel/My angel Gabriel

26 de outubro de 2007

Havemos de ser Espanhóis

Bem que Saramago preconizava que, mais tarde ou mais cedo, todos haveríamos de nos tornar espanhóis. Bem, sempre parece que, embora por outras razões, isso acontecerá mais cedo do que o previsto.
E ainda dei comigo a pensar que, afinal, saramago preferia a monarquia à república, o que me pareceu um pouco estranho, mas nada que me deixasse espantado, em termos de coerência, digamos.

ESTADO

Conta Geral do Estado de 2006: http://www.dgo.pt/cge/cge2006/index.htm

25 de outubro de 2007

Educação

Faltosos obrigados a fazer avaliação (Correio da Manhã)

Na Linha Da Utopia

A Ciência terá limites?
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1. Esta é uma pergunta retórica. Claro que a ciência, como tudo quanto é a percepção humana sobre a realidade, tem alcances e tem limites. Este é o título (“A Ciência terá limites?”) de conferência internacional que nestes dias (25 e 26 de Outubro) decorre na Fundação Calouste Gulbenkian (http://www.gulbenkian.pt/) e que conta com a presença de múltiplos especialistas de referência. Mas será um erro considerar-se que estas questões unicamente interessam aos especialistas e cientistas…
2. Tanto os esforços de divulgação científica merecem uma atenção dos cidadãos a estas questões, como o facto de que aquilo que se vai investigando vir a ter impactos decisivos na nossa vida diária (seja à distância de uma década) deverá sensibilizar todos (“qb”) para estas questões. Que o diga a história da Revolução Científica do séc. XVI-XVII, com os seus impactos na transformação de paradigmas (dos modos) sociais e pessoais de viver. Hoje será a revolução genética e comunicacional que nos está a transformar, a ponto de termos que REVER (quase) TUDO.
3. Felizmente que já ultrapassámos os tempos da surdez científica; felizmente que, hoje, a conjugação de esforços em diálogo de ciências torna todos mais comprometidos. Mas o desafio ético (da dignidade humana) apresentar-se-á como o eixo de equilíbrio, dando os pilares tanto dos alcances como das fronteiras da própria ciência. Já lá vão os tempos (?) tanto dos endeusamentos científicos como de pretensões unilaterais do tratamento das questões e da procura da verdade.
4. Os limites estão aí, todos os dias, a desafiar toda a proclamada sociedade do conhecimento. Numa ciência que saiba (sempre mais e melhor) dialogar com a realidade concreta, dir-se-á que os limites da ciência pairam nos limites da própria humanidade; mas não só, também os limites das culturas, das políticas, das religiões, das filosofias: enquanto a fome, a sede, a violência, o desequilíbrio ambiental, os esvaziamentos da DIGNIDADE HUMANA persistirem, os limites gritam e apelam a todas as formas de conhecimento para as resoluções inadiáveis.
5. Um dos nomes de referência convidados à conferência é George Steiner, que, partilhando dos limites da ciência, exemplifica dizendo que «não há nenhum instrumentos de observação, por mais sofisticado que seja que nos permita prosseguir para lá das “paredes douradas” externas ou internas do nosso possível universo local. […] O Concorde foi uma maravilha aerodinâmica, tecnológica. Não há qualquer intenção de o fazer voar.» Os dados estão aí. A viagem HUMANA, diferente, continua. Seja ela capaz de integrar todas as formas (humildes) de conhecimento ao serviço da sua própria dignidade. No reconhecimento dos limites estará, também, a ponte de aprendizagem dialogal.
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AC [25.10.2007]

Israel-Palestina

Amos Oz defende plano Marshal para a Palestina (Expresso)

Educação

Alunos ficam livres de expulsão até ao 12º

Ser humano?

Cão morre numa exposição (no Expresso)
Uma estranha forma de arte : O artista Habacuc deixou um cão morrer à fome durante uma exposição. Os defensores dos direitos do animais já lançaram uma petição online para que o artista seja banido da Bienal Centroamericana Honduras 2008.

Ser humano?

Para os tais que «se os pais da menina tiveram alguma coisa a ver com o desaparecimento, então fico com uma nova imagem do ser humano», fica mais uma: «A mãe, no entanto, nunca agiu com intenção de a matar.»

Chondrostoma olisiponensis

Novo peixe, com nome português.

24 de outubro de 2007

Na Linha Da Utopia

Admirável Mundo Plural
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1. O mundo, como a vida, conjuga-se no plural. As realidades, tanto na sua grandeza como no seu limite têm sempre muitos ângulos da questão, não são lineares e uniformes, são plurais. Talvez a convivência com a pluralidade tenha sido a maior conquista da espécie humana, como sinal da capacidade de conviver com a diferença de ideias, de pensamento, de filosofias, de políticas, de religiões, de clubes, de modos de viver. Uma conquista angariada em séculos, tantas vezes sangrentos, em que do uniformismo intolerante (muitas vezes fundamentado por visões exclusivistas de foro sócio-político-religioso) foi-se realizando a viagem (humaníssima) até à convivência da pluralidade.
2. Mas não se pense que essa viagem está acabada. Existiram valores (alguns mesmo à revelia) que foram presidindo à construção do pensamento plural, de modo a que este seja a PRESENÇA de todos e não a ausência indiferente. Nos tempos em que estamos, o processo de alimentar as raízes da pluralidade reveste-se de uma urgência inadiável. Para o projecto humano não chega o dizer-se ou reconhecer-se que existem culturas diferentes, que “somos” num tempo plural, multicultural, multiétnico, etc. É bom mas representará só os “mínimos olímpicos”; é pouco para os tempos globais que vivemos! Não sendo preciso ir tão longe, olhe-se, por exemplo, para muitas das comunidades dos EUA, onde cada bairro representa cada comunidade, com exclusividade: comunidades fechadas, impermeáveis à mudança, à diferença e ao diferente.
3. Um dos breves escritos de Eduardo Lourenço (2007), caracterizando muito do indiferentismo do nosso tempo, lembra-nos que o pensamento de Friedrich Nietzshe (1844-1900) “não permite a indiferença”. Diremos que na indiferença não há pluralismo que resista por muito tempo. A pluralidade como um bem social terá, assim, de representar a grandeza da CONVIVÊNCIA HUMANA e não a ausência indiferente do bairro fechado. Que lugar para este alimentar dialogante da pluralidade? Onde e como ocorre esse diálogo constante como plataforma de encontro criativo? Só deste modo passaremos da observada multiculturalidade ao encontro intercultural que (em transcualturalidade) nos diz que é muito mais o que nos une como humanos que as diferenças e incompatibilidades que tanto mais acentuamos. Deste modo dialogante já cada minoria terá a sabedoria de se reinterpretar, não vendo o diálogo com medo nem como perca de identidade mas como nova síntese na grandeza em ser humano com os outros.
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Alexandre Cruz [24.10.2007]

Blogosfera

Racismo e o efeito corrosivo da filosofia, de Desidério Murcho
Os números da Educação e do nosso descontentamento, no De Rerum Natura

23 de outubro de 2007

Na Linha Da Utopia

A moeda faz a diferença!
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1. Todos sabemos que nos hipermercados ou em centros grossistas os carrinhos de compras são instrumentos práticos, preciosos na tarefa de mais facilmente percorrer o local e realizar a finalidade dessa deslocação ao mercado. Todos sabemos, também, do incómodo que será chegar a um estacionamento e o espaço estar bloqueado com carros de compras a inundar a área reservada para o carro (sim mas), automóvel.
2. Vamos periodicamente a um desses espaços grossistas da região. Se vai havendo algumas mudanças (a par de obras de melhoramentos, normalmente também nas subidas dos preços!), todavia, algo se mantém como uma constante quase dogmática e infalível: os carros de compras desarrumados! E os mesmos carros de compras que a pessoa ao chegar verifica que atrapalham o estacionamento são os mesmos carros que são deixados para atrapalhar outros frequentadores.
3. Ainda assim, poderemos com facilidade detectar uma diferença: quando o carro tem moeda então esse é mesmo arrumado cuidadosamente, a fim de se poder tirar a moeda que lá se colocou. Ou seja, chegaremos à efectiva conclusão de que a moeda faz a diferença, como também a agradecemos a invenção da moeda no carrinho, pois imagine-se se os grandes hipermercados não contemplassem os seus carros de compras com esse estratégico equipamento: seria impossível lá entrar!
4. Por muito que se batalhe no fenómeno da formação humana e da educação cívica, enquanto não arrumarmos o carro a “pensar no outro” não iremos lá. Serão as coisas pequenas que são, afinal, as grandes demonstrações desses valores fundamentais de uma cidadania activa nas tarefas mais simples. Que pena que ainda estamos a “aprender a arrumar” o carro de compras! Será que para todas estas realidades mais simples do cumprimento dos deveres de cidadão…será para tudo necessário a invenção de uma moeda?! Será que só por interesse lá iremos e não tanto pelo VALOR JUSTO das coisas? (Claro, como tudo o que escrevemos, é um modo - simples - de dizer…)
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Alexandre Cruz [23.10.07]

Mueck

Já conhece a obra hiper-realista de Mueck? Vale a pena ver.



Loch Ness

Lembrei-me desta figura mítica escocesa e apeteceu-me recordá-la aqui.
(Imagem retirada daqui.)

Economia, Ambiente e Desenvolvimento


Economia, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Tertúlia no Hotel Moliceiro
Associação dos Antigos Alunos da Universidade de Aveiro & Edições Sempre-em-Pé
(clique para ampliar e ler)

22 de outubro de 2007

Vergonha Lula, vergonha Brasil

No A Origem das Espécies:

«Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, dois boxeurs cubanos, desertaram da delegação cubana durante os jogos Pan-Americanos do Rio. O governo brasileiro mandou que eles fossem presos e deportados, a 4 de Agosto último. Regressaram a Cuba num avião colocado à disposição por Hugo Chávez. A Comissão de Relações Experiores do Congresso Brasileiro decidiu investigar as condições em que o governo de Lula devolveu os cubanos à procedência, sobretudo depois de a imprensa noticiar que eles já não estão em Havana e sim num local recôndito e desconhecido da ilha. Assim, decidiu enviar um grupo de deputados a Cuba, a fim de entrevistarem os rapazes. O embaixador de Cuba em Brasília negou o visto, com o argumento de que se trata de um assunto interno do seu país.O embaixador de Cuba tem razão. A vergonha foi cometida no Brasil e os seus responsáveis têm nome. Lula é o primeiro deles, no topo da lista.»

Na Linha Da Utopia

Sociedade de (des)confiança?
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1. As recentes declarações do (PGR) Procurador-Geral da República têm proporcionado os mais variados sentimentos, e vindo despertar mesmo uma opinião pública tantas vezes longínqua destes mecanismos essenciais do Estado de Direito. Ao fim de um ano na gestão de órgão tão importante para a credibilidade democrática, o que está declarado, declarado está, a ponto de o próprio Procurador-Geral, dono da “tutela”, sentir alguns “sons” no telefone. No mínimo estranho, no máximo alarmante; mas está dito, e em entrevista não formal, o que torna as coisas mais verdadeiras.
2. Como comentário ao “comentário” do PGR, muitas vozes se fazem sentir, algumas mesmo estando contra a realização de qualquer escuta telefónica e outras a favor da sua generalização, dizendo que só com um sistema fiscalizador constante (quase inquisitorial) é que conseguiremos instaurar uma ordem de justa justiça. Dir-se-á que tudo isto (da realidade ao comentário) é muito preocupante, mas tanto mais quando o “dono” da casa partilha a sua impotência no lidar com este barco social que, diremos, mais que imposição de uma ordem pela “força” terá de ser capaz de instaurar uma ordem educativa, numa (insistente) ética transversal, pessoal e social.
3. Há breves anos, quando da obra Portugal, o Medo de Existir, do filósofo-ensaísta José Gil, muito se falou sobre a “inveja” como manifestação cultural de menoridade (se o vizinho tem, também tenho de ter!). Alguns pensadores vão sublinhando que, em comparação com outros países europeus, a CONFIANÇA terá de ser a base de construção da nossa comunidade. Mas como assumir a confiança, como factor decisivo, diante de sistemas de corrupção e crime organizado? Se o “combate” tem de ser em todas as frentes (dos sistemas judiciais aos da educação ética), uma coisa será certa: não se pode(rá) generalizar a desconfiança, tanto na comunidade em geral, como fundamentalmente naqueles de cuja acção depende a esperança de sociedade justa.
4. O eco das declarações do PGR estão aí, pairando no ar. Um ar poluído que carece de purificação. Novamente, só a ética nos pode salvar! Como multiplicá-la como antídoto para todas as desconfianças?
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Alexandre Cruz [22.10.2007]

Na Linha Da Utopia

A importância de Reflectir
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1. Não se pode fazer omeletas sem ovos! As omeletas serão a vida diária, os ovos poderão ser a reflexão, o pensar, o interiorizar. Reflectir, criar a própria (equi)distância em relação às coisas e à vida agitada, discernindo o essencial (Ser) dos acessórios relativos será, hoje, a base fundamental da construção. Garantirá a continuada “reciclagem” da frescura e do equilíbrio da gestão da própria vida e do que cada “hora” temos em mãos, sempre para que tudo seja para o bem de todos. No tempo sociológico presente, onde é exigido qualidade em quantidade, redescobrindo cada dia essa novidade de sentidos e de sabedoria poderemos, bem melhor, aliar a criatividade à responsabilidade o ser pessoal ao compromisso comunitário.
2. Não dando lucro imediato, não se enquadrando na lógica do pragmatismo que nos pode ir cegando os horizontes, a “reflexão” assumirá hoje um lugar decisivo, determinante, para ser possível reinventar cada dia o sentido da própria vida, lendo-a acima das coisas acidentais. E quanto mais as tecnologias (da velocidade) nos inundam tanto mais, em proporção, deverão ser as oportunidades criadas como tempo e espaço diferentes, da profunda paz criativa, esta que saberá da escuridão vislumbrar a luz da esperança. No ano passado, em iniciativa internacional sobre o papel da Educação Artística destacava o investigador António Damásio que está a ocorrer uma profunda transformação especialmente verificada nas idades mais novas que acolhem todo o impacto as novas tecnologias, facto que está fortemente a limitar a criatividade gerando posturas como a apatia ou a indiferença. Será este (já) o futuro?
3. Há dias em conversa com um grupo de adolescentes, deparámo-nos com uma pergunta inquietante: “O que é reflectir?” Surpreendidos, procurámos, da forma possível, explicar que reflectir é pensar, ter uma visão crítica de tudo, ter ideias, e que é algo tipicamente humano… Após essa conversa (ao que parece pouco frutífera), a inquietação interrogante ficou-nos a pairar o pensamento sobre, afinal, o que andamos a ‘fazer’ e que mensagens conseguimos passar… Como às mãos cheias de telemóveis dizer que o essencial são os VALORES que se sentem no coração e que as “coisas” pouco valem?... Precisamos de valorizar mais a reflexão, o pensamento, as ideias (para mais e melhor agir); seja valorizada a “sabedoria”, esta que requer tempos e modos: a sabedoria que se vive, que se partilha, que se apr(e)ende. Mas, quem a ensina? Onde ela se aprende? (Ninguém dá o que não tem…) Precisamos mesmo de “reflectir” sobre estas questões. Quando não, vamos perdendo características de sermos humanos…
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Alexandre Cruz [21.10.07]

Janela

Ler a entrevista de Gonçalo Fonseca ao jornal O Aveiro, que é muito interessante, sem dúvida. Também explica como são as pessoas e como é a política.




Volto a editá-la, a pedido de várias famílias, uma vez que as imagens anteriores não permitiam ampliação. Agora sim, pode clicar-se e ler-se.


19 de outubro de 2007

Convite

Venha assistir ao lançamento do livro de poesia "A Gola do Tempo" de Manuel Dias da Silva. Dia 24 de Outubro, pelas 18h30 na Fábrica de Ciência Viva, na antiga fábrica de moagens, em Aveiro (junto ao Pavilhão do Beira-Mar).

Agostinho da Silva (Entrevista 2ª Parte - 1990)

Agostinho da Silva (Entrevista 1ª Parte - 1990)

Fantástico. Apaixonante.

Agostinho da Silva, Portugal ao encontro do Brasil

Hoje senti saudades deste grande Homem. Quando era puto ficava a olhar para ele colado à televisão.

Leitura obrigatória

Sócrates considera que acordo "vira página da História europeia" sendo Lisboa "um porto seguro" (Público)
Tratado Reformador conseguido em Lisboa (JN)
Aprovado o novo Tratado europeu (DN)
Editoras investigadas por negócio de manuais com Moçambique (JN)
PS aprova com críticas novas carreiras da função pública (Público)
Entrevista a João Figueiredo (secretário de Estado da Administração Pública): Governo vai definir que funcionários podem sair (DN)
30 milhões para prémios de desempenho (Correio da Manhã)
Catalina indica ex-aluno (Correio da Manhã)
Governos discutem Maddie (Correio da Manhã)

Momentum

O estômago que dói de vazio. Alguma ansiedade, a pedir café. Uma inauguração importante. Livros atrasados, multa. Livros por procurar, atrasados. Coisas das sextas.

18 de outubro de 2007

A coisa sobre a Constituição

Ler este artigo do Pedro Lomba sobre a história do Dr. Menezes querer outra Constituição.

Cartas para Sakhalin - Diário de Aveiro (19)

Triste sentença

Nos últimos dias veio outra vez à baila o tema da Casa Pia de Lisboa. Uma entrevista de Catalina Pestana, ex-provedora, reacendeu, em termos mediáticos, o problema grave dos eventuais abusos sexuais sobre algumas das crianças à guarda daquela instituição.
Independentemente das críticas que podemos fazer a Catalina Pestana, nomeadamente perguntar-lhe o que fez para acabar com as práticas que diz ininterruptas, ela trouxe para a ribalta uma preocupação que nos afecta a todos.
Não só nos deixa consternados o facto de a pedofilia subsistir sobre aquelas infelizes crianças, mas também não sabermos em que pé anda a justiça relativa ao caso investigado. Afinal, o que se passou? O que se passa?
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(parte do texto a publicar esta semana no Diário de Aveiro)
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E a coisa continua a dar que falar:

Mais blogs na blogroll

Geração Sol, de um conjunto de deputados do PS
Jorge Seguro Sanches, do próprio, deputado do PS
Pedro Santa Lopes, do próprio, deputado do PSD

Na Linha Da Utopia

Sociedade mais inclusiva, quando?
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1. Já estivemos a anos-luz deste ideal que perseguimos. Que o digam os heróis que ao longo tantos dos séculos como das últimas décadas têm lutado por uma sociedade (mais) inclusiva, que saiba acolher cada pessoa na sua situação, especialmente na procura de um tempo social que tenha como referência de especial atenção a pessoa que tem mais dificuldades, o “pobre” (aquele a quem falta algo) e nele elas a pessoa com deficiência.
2. Periodicamente, de forma especial em datas comemorativas (seja de âmbito local ou mundial) convivemos com as promessas interessantes de quem diante dos factos espelha a justa sensibilidade para com esta causa de todos. Mas no dia (mês, ano) seguinte tudo volta à estaca “zero”, quase ao ponto de partida, deixando na ansiosa insegurança quem já vive um peso incalculável, como também as suas famílias e as pessoas e instituições que acompanham a vida das pessoas com deficiência.
3. Do ano 2003, Ano Europeu da Pessoa com Deficiência, continuam ainda um conjunto de expectativas para serem cumpridas (dos passeios das estradas públicas até aos acessos a edifícios, e muitas vezes em construções novíssimas); da estruturante Declaração de Salamanca (10 de Junho de 1994, http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/deficiente/lex63.htm) continua aberto o longo caminho a percorrer nessa estruturação de uma educação inclusiva que tarda em ser a referência paradigmática na perspectiva de uma educação para todos e ao longo de toda a vida. Mas, sublinhe-se, para se chegar onde já se chegou tem sido heróica a entrega daqueles que, contra todos os ventos do pragmatismo, vão dando esta sensibilidade como o único caminho possível de futuro.
4. Todos sabemos que passeios da rua adaptados para a pessoa com deficiência são caminhos melhores para todos. Desta evidência, porque tarda desmedidamente a implementação dos novos modelos de acessibilidades (tanto de “caminhos” porque antes) de mentalidades? Porque aquilo que deveria ser o essencial pedagógico para todos é praticamente esquecido? Porque os cidadãos não “sentem” (só quando toca na pele) esta como uma causa de todos e essencial para uma sociedade mais sensível? Porque vêm as políticas, agora, também, sacar os cêntimos de pessoas cuja vida…? Porque andamos para trás em termos de sensibilidade social? Eis onde chegámos, e como o permitimos. Quem diria!
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Alexandre Cruz [18.10.07]

Na Linha Da Utopia

O perdão da dívida
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1. Não se pense que falamos do “perdão da dívida” aos países pobres. Esse perdão seria bem-vindo, pois verdade se diga que muita da riqueza dos países ricos é conseguida à custa dos recursos explorados nos países pobres. Muitas destas nações em maior dificuldade estarão ainda a acolher a novidade efectivamente democrática e a encetar caminhos de real desenvolvimento, este que foi sendo travado pelo interesse estratégico de grandes (consideradas) potências ocidentais. Esse “perdão da dívida externa” tem merecido as maiores atenções e divulgações e, no fundo, não se trata de perdão mas sim de JUSTIÇA. Felizmente muitas têm sido já as vozes, da política às artes, sensibilizadoras para esta justiça do perdão da dívida, permitindo aos países de economia pobre um novo arranque no seu processo de justo desenvolvimento. Embora perdão sem um novo compromisso sócio-político cai em saco roto…
2. Falamos de outro pretenso perdão (esquecimento, será?) de dívida. O caso do pai rico banqueiro que não sabia que seu filho havia pedido ao banco alguns milhões de contos (alguns, tanto faz o número para quem vive nessas esferas!), e, pelos vistos, pelo passar dos dias e das ideias, a dívida já deve estar quase perdoada!... Acontece tudo neste país!... Claro que, de facto, oficialmente, pouco se sabe e quase nada se deve dizer sobre o caso. Mas, o simples facto dessa possibilidade existir nessa gigante entidade bancária do país continua a fazer vir à luz do dia a desconfiança das entranhas dos processos, das agendas económicas, do modo como – em regime de pretensa igualdade de dignidade no tratamento das questões – uns continuam a ser mais iguais que outros. Pobre (rico) país!
3. Felizmente levantaram-se algumas vozes…mas que até têm lá os seus interesses, não vão os euros parar a outra algibeira! Mobilizaram-se entidades competentes, mas tudo em versão soft (leve), pois está consagrado prioritário a “imagem” em relação à “ética” dos milhões. Um arrastamento de silêncios e cumplicidades demonstra-nos bem a raiz dos nossos travões a um desenvolvimento justo, onde os tempos e lugares da ética e transparência terão de ser a fasquia de referência em qualquer área comum. Segundo os analistas da especialidade, essa entidade já havia passado um complexo “verão quente” ao que agora este caso denuncia maus hábitos de um “sistema”. Mas, não será possível ir à boleia por muito tempo; quando a ética de esvai abre-se a permeabilidade a tudo... No implacável mundo económico, não se resiste muito tempo na suspeita, a todo o custo se procuram seguranças. Assim, ISTO, por quanto tempo?!
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Alexandre Cruz [17.10.2007]

16 de outubro de 2007

Convite

(clique para ampliar)



O gene capaz

Francisco Costa sobre Gilberto Costa (Gil) num abraço que partilhamos. Afinal, estas Cartas são para Sakhalin:

«A mais de 4 ooo km de distância, casou-se em Sakhalin, o aventureiro com uma russa, chamada Juliana. E dali partirá para 3 anos de trabalho no Qatar, numa cidade de mesquitas e de bazares de ouro.
Mas para além do seu casamento, no sábado, dia 6 de Outubro de 2007, às 11:37 locais, outro facto mostra que a sua correria pela vida vai abrandar. O aventureiro pré-reformado quer ter uma base para onde possa voltar das suas viagens e poder dizer que é a sua casa. Que melhor sítio neste País?
A Cidade vai ganhar uma família.»

Momentum

Papéis por cima da mesa, soltos, alguns perdidos. Uma ordem própria. O mundo é um pouco assim. A vida é uma constante procura de ordem, cansativa, exasperada. Manter a desistência a uma certa distãncia, mas sempre próxima do olhar, como se tudo fosse efémero, frágil, desnecessário. Um café, aromas, livros. Um livro sempre à mão, livros por todo o lado. São sempre um referencial, uma muleta, um apoio para os braços exaustos. A cabeça assente numa miragem de mar, de praia, de um porto cheio de barcos, num suave baloiço que aguarda a partida. E um bar de marinheiros, homens velhos, lobos do mar, barbas brancas, rugas do sol. Histórias de antigamente. Ah, antigamente é que era. Casas com cores desbotadas pelo salitre da maresia sob o intenso fulgor da luz, essa luz que ainda nasce todos os dias. Essa luz própria das enseadas. O pé em terra depois do mar. O pensamento depois da leitura. Acolhimento, pertença.

Na Linha Da Utopia

Pobreza: o beco sem saída?
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1. Já desde os tempos antigos, falar a “estômagos vazios” é literatura que cai em saco roto. Quando os que têm pão em abundância discursam simpaticamente sobre os que não o têm, e rapidamente passam a outro assunto pelas naturais pressas da agenda e da vida, estamos, no fundo, diante de ideias surdas e mudas, que adiam esta resolução fundamental dos mínimos da dignidade humana. É assim que, salvaguardando esforços heróicos de pessoas e entidades, vamos continuando na manutenção da pobreza. Verdade sublinhada se diga, se os senhores do mundo quiserem, HOJE será possível terminar com a pobreza extrema.
2. Por ironias do calendário (ou talvez não), depois do Dia Mundial da Alimentação (16 de Outubro), celebra-se o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza (17 de Outubro). Como as cerejas, num encadeado sempre crescente em que as consequências são novas causas de pobreza, os modelos globais da hiper-concentração dos poderes (macro económicos) vão-nos dizendo que “a lei do mais forte” é implacável para quem não se adapta ou tarda em conseguir vislumbrar o caminho. Das antigas (rurais) às novas formas de pobreza (citadina), da envergonhada à desavergonhada, o certo é que até algumas formas clássicas (a horta e o galinheiro!) de sobrevivência foram recebendo a ordem de fechar, deixando o pão ainda mais longe e (mesmo) a ociosidade bem mais perto.
3. A margem da sociedade está a ficar cada vez maior. Os publicitados números económicos espelham o seu fruto, não permitem respirar muitas famílias já de cinto bem apertado, numa classe média que tende a esvaziar-se. O antídoto sempre foi a FORMAÇÃO: esta é a chave da porta de uma sobrevivência que se vai abrindo a novas formas de resolução dos problemas. Formação, tanto para o mundo longínquo (sem água nem pão), como para nós que tardámos em aceitá-la, com motivação e compromisso, será a ferramenta salvadora. Lá longe, muitos ditadores vão impedindo o acesso a essa renovadora qualificação dos povos; cá perto, como é possível que tantos e tantos adolescentes abandonem levianamente a sua formação escolar?! Como tudo se conjuga nessa indiferença da entrada no “beco”?
4. E mais: por exemplo, há dias observámos (e libertámos) num dos parques de estacionamento da cidade uma luta entre duas pessoas; eram dois sem abrigo, arrumadores de carros, de vindos de outro país. Um julgava-se proprietário desse parque e não queria aceitar o outro que lhe vinha “tirar” alguns clientes; álcool e fumo fazem parte dessa vida, dando ao menos para aquecer as noites que começam a ficar frias (o chamado Natal ainda está longe, também é só um dia). …e como podemos proclamar que está tudo bem quando cresce o número de excluídos da sociedade? E como “ensinar a pescar” com mais eficácia e compromisso? E como ligamos mais a política (seja económica) e um ensino como estratégia nestas questões de fundo? E como...
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Alexandre Cruz [16.10.07]

Ser humano?

Para aqueles que dizem que «se os pais da menina tiveram alguma coisa a ver com o desaparecimento, então fico com uma nova imagem do ser humano», fica mais uma:
(é todos os dias, infelizmente!)

Up y...

Richard Branson atravessa-se pelos McCann. Coitado.

Il Gattopardo

Un nuovo blog è nato: il gattopardo. Benvenuto.

O seu mote fundador:
«E tutti quanti, gattopardi, sciacalli e pecore, continueremo a crederci il sale della terra.»
Giuseppe Tomasi di Lampedusa, Il Gattopardo, 1958

15 de outubro de 2007

Exibart.com


prima personale a Roma dell’artista portoghese Raquel Gomes
orario: dal giovedì al sabato: dalle 15:00 alle 19:30 (o per appuntamento)(possono variare, verificare sempre via telefono)
biglietti: ingresso libero
vernissage: 19 ottobre 2007. ore 19,00
curatori: Laura Castro
autori: Raquel Gomes
genere: arte contemporanea, personale
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comunicato stampa
Container presenta la prima personale a Roma dell’artista portoghese Raquel Gomes.Classe 1977, diplomata all’Università di Belle Arti di Porto (Portogallo), Raquel Gomes lavora su tematiche ascrivibili all’identità femminile, dando uno sguardo alla storicità del tema e alla sua interpretazione culturale specifica. I lavori di Raquel Gomes nascono da un singolare duello fra scultura e disegno.La mostra, pensata per Container in collaborazione con la galleria Minimal di Porto e Simona Cresci che lavora avviando scambi culturali con il Portogallo, ripercorre il lessico scultoreo e grafico della giovane artista, incentrato su oggetti quotidiani, intimi e personali, immersi in una realtà quasi metafisica. Nelle opere in mostra la figura femminile è celebrata per assenza. Simboli evocativi di una cultura figurativa di genere, le sue opere suggeriscono visioni che privilegiano il tema del corpo e i suoi orpelli: simboli convenzionali che si trasformano, nella composizione installativa, in icone contemporanee di intensi e vissuti stati d’animo. Umili testimoni del tempo, gli oggetti e gli accessori del suo repertorio linguistico fanno intuire una certa immagine del mondo femminile, fanno la storia dei giorni e dei momenti dell’Io, introducono, come un lieve bisbiglio, un’intimità appena rivelata.A guardare le opere di Raquel Gomes ci si può leggere dentro la storia dell’essenza femminile.La collaborazione fra Container e la galleria Minimal di Porto prosegue con la mostra personale di un artista rappresentato da Container, Raphael Thierry, organizzata a Porto per il mese di gennaio 2008.

Na Linha Da Utopia

Alargar (ou limitar) o debate europeu?
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1. Aproximam-se dias importantes para o projecto europeu. 50 anos depois do Tratado de Roma (já ineficiente no nova Europa) procura-se a todo o custo a assinatura de algo, de documento, de um tratado com linhas comuns. De uma ideia de Constituição “chumbada” pela França e Holanda, nestes últimos tempos o receio é tanto que se procuram ler mesmo em novas nomenclaturas essa esperança continuadora do inédito percurso europeu pós-guerra.
2. Mas talvez o maior de todos os problemas continue a ser a distância das comunidades locais em relação ao sonho europeu. Quando os votos nos possíveis referendos europeus derivam (ou não) do estado da situação económica, dos custos ou dos benefícios, tal facto demonstra-nos bem em que critérios temos andado. Dir-se-á que já no princípio assim era: o carvão e o aço, como permutas geradores de “laços” que ao menos evitassem a guerra como solução dos problemas.
3. O assunto (europeu) anda, mais que nunca, a ser lidado com pinças. A tal ponto que, de receio em receio, o “lema” norteador é mesmo evitar referendos, não venham estes a desiludir as expectativas. Neste contexto, por défices anteriores de explicar a Europa aos europeus, será que chegámos a uma situação em que o melhor será fechar, silenciar, limitar o debate europeu? Quase como uma operação clínica, qualquer distracção pode ser fatal. Os tempos actuais são de ansiedade, mas, melhor seria que ao longo dos tempos passados se tivesse conseguido alargar, efectivamente, o debate europeu.
4. O mundo precisa de uma Europa viva, com ideias, muito para além de um afirmado “racionalismo” (este hoje já quase sem razão, asfixiado na tecnologia); a Europa precisa de se repensar à luz do mundo e dos seus valores constitutivos. Nestes estarão tanto um pluralismo inclusivo de visões dignificantes como a constatação de matrizes que ergueram esta forma de democracia. Não será o esvaziamento de si mesmo que dará a capacidade acolhedora da diferença de pensamento e de modo de vida. Na Europa da dignidade humana, por ilusão ou confusão (no entendimento do que significa “pluralismo”), por medo ou pré-conceito, temo-nos esvaziado, quase esquecendo (pluralmente) donde vimos.
5. Claro, neste terreno pantanoso (pela “rama”), é tanto mais difícil saber para onde vamos. Ainda assim, continuará a ser histórico o caminho europeu; mas será tanto melhor quanto mais cedo se “escancarar” um debate aberto de uma Europa social e existencial no Séc. XXI. Parece que por agora este debate antropológico continua a ser adiado; o que se procuram são mesmo as assinaturas, não ideias que saibam ser unas e plurais. Pena, mais uma oportunidade adiada (?)!
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Alexandre Cruz [15.10.2007]

Raquel Gomes expõe em Roma


A escultora Raquel Gomes (Licenciada em Belas Artes - Escultura pela FBAUP) expõe a partir da próxima sexta-feira em Roma, na Galeria Art Container. A mostra dos seus trabalhos mais recentes, com o nome "Intimidades", estará aberta ao público durante 3 meses. Se forem a Roma entretanto...
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Alguns sítios web com obras de Raquel Gomes:
Fundação PLMJ

Mourinho strikes again

Well, it seems Mourinho is giving you, Sun, another headache. You just don't like the guy, what can you do? But maybe it was better if you find another translator, because that was not the meaning of Mourinho's words. I don't think that he intended to offend Chelsea's fans. mourinho has notting against them - he loves the blues. He just wanted to say that they are more educated, but you don't get it, do you? You just want to light some fire, isn't it? And now you're talking about his love-affairs... What a hell, it doesn’t matter at all.
We still love your football. And you can´t forget him, right?
That's the beauty of the game.

A China como mercado de Educação

Vai realizar-se em breve uma feira de Educação Superior na China sobre o mercado de Educação Europeu, ou melhor, sobre a nossa oferta de Ensino Superior. O "mercado" chinês de estudantes é, naturalmente, espantoso.

Hugo Chávez

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A real politik obriga-nos a engolir em seco para poder beber o petróleo da Venezuela. Bem, é a chamada diplomacia económica, onde se atravessam tantos. Estou convencido de que é o único líquido que consegue unir Sócrates, Mário Soares, Cavaco Silva e, com jeito, Boaventura Sousa Santos à volta de um copo. A ideia de não ostracizar o homem compreende-se, em certa medida. Já a bajulação de Sousa Santos, que dá medalhas, e a defesa do novo socialismo de Chávez, é admirável.

Na Linha Da Utopia

O Nobel da Paz Ambiental
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1. Nestes dias, a paz com a natureza foi causa reconhecida com o Nobel. Não precisava de tal atribuição, mas este “reforço positivo” renova os imperativos ecológicos nas agendas políticas. É uma questão de sobrevivência. Como em tudo e como sempre, há quem tenha apoiado a atribuição e há quem não a veja com bons olhos; uma coisa é certa, não há alternativa, será mesmo necessário a transformação de alguns hábitos (diários) a fim da preservação do maior e mais belo património de todos que é, afinal, a nossa própria sobrevivência: a natureza que nos envolve, que somos, e que está em perigo. É um facto, a mudança (já em exercício+-) inadiável, ganha um novo impulso.
2. Na data de 10 de Dezembro, Dia dos Direitos Humanos, será entregue o Prémio Nobel da Paz 2007 a Al Gore, ex-vice-presidente da Casa Branca (ex-futuro presidente dos EUA!) e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, ligado às Nações Unidas). Poder-se-á perguntar: que têm os direitos humanos a ver com as questões ambientais? Será que agora esta uma nova moda? Talvez se vivêssemos noutros sítios do mundo entenderíamos bem melhor a urgência destas questões. Cada ano que passa, as alterações climáticas confirmam-se como um facto alarmante que, em última análise, poderá mudar a configuração do planeta; diante de catástrofes de um lado do mundo, as migrações populacionais, e a própria corrida aos recursos disponíveis, podem mudar radicalmente o cenário populacional global.
3. A propósito deste reconhecimento a Al Gore, alguns analistas consideram-no como o homem que chegou sempre cedo demais; tanto a perceber os alcances da Internet, como o erro da invasão do Iraque (claro, por contraposição à política de W. Bush), como ainda nos anos 80 foi pioneiro a compreender os riscos do aquecimento global. Não se pense, por isso, que o seu famoso documentário global “Uma Verdade Inconveniente” é uma moda dos últimos dias. Trata-se de uma linha de coerência, naturalmente mediatizada e mediatizadora, mas em que claramente Gore muito contribuiu nestes últimos anos para criar uma opinião pública planetária para esta urgência. Agora, o Nobel, premiando (verdade se diga) o uso dos instrumentos comunicacionais ao serviço desta causa, subscreve essa urgência inadiável! É mesmo importante que entendamos a mudança; das políticas institucionais aos cidadãos informais, a mudança será intensificada. Ou não queremos deixar mundo aos vindouros?! No fundo, hoje, é esta a pergunta essencial. Claro que sim!
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Alexandre Cruz [13.10.07]

12 de outubro de 2007

Angel

Sabe bem uma música fresca para começar a tarde. Bom fim-de-semana.

Pedofilia, Casa Pia e pianço

Isto pode dizer-se assim desta maneira? Não anda este mundo um pouco louco? E malcriado, já agora? Mas numa coisa ela tem razão: devia tudo ser investigado a sério. Esta sociedade apodrece com a Justiça que tem.

Monarquia ou república?

Espanhóis já discutem a questão do regime no DN

Nobel da Literatura

Doris Lessing vence contra as previsões no Expresso

Aconteceu

Nobel da Paz para Al Gore e Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas

Janela

A MANIF A QUE TEMOS DIREITO de Fernanda Câncio, no DN
COMPETITIVIDADE DEMOCRÁTICA de António Vitorino no DN
Cavaco chamou Catalina no Correio da Manhã
"Algo está podre na República portuguesa" no DN

11 de outubro de 2007

Fórum UniverSal - 10 de Outubro

O fórum UniverSal de ontem contou com a presença de Marçal Grilo como convidado central e a moderação de José Manuel Moreira (Prof. Catedrático da UA). Pode ver o que diz a Lusa/Diário Digital sobre o assunto.

Poesia

Tatuagem


Não é este o meu mundo, não pertenço
a estas ruas, estas casas, esta gente.
Sou de um país distante, onde me penso
vagabundo incessante e sorridente
por praias que a ternura me consente.

Não é este o meu mundo, não me vejo
ligado a coisas que não posso amar.
Sou de uma terra que namora o mar
e navega nas ondas do desejo,
liberta do temor de naufragar.

Não é este o meu mundo, não aceito
render-me à solidão desta paisagem.
Sou dos campos abertos que no peito
transporto, em traço simples e perfeito
gravados como numa tatuagem.

Torquato Luz in Ofício Diário (mesmo aqui ao lado)

Na Linha Da Utopia

A manifestação das liberdades
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1. Há dias realizou-se a comemoração do cinquentenário do I Congresso Republicano, realizado em Aveiro, momento do qual saiu oportuna sugestão para a realização de um IV Congresso, agora já em tempos de liberdade (os outros foram realizados em 1969 e 1973). Estando o país a caminho do centenário da República (2010), muito terreno de reflexão, que se deseja ampla, estará na agenda nacional, debate este que deverá envolver todos os cidadãos humanos (optamos por esta nomenclatura “cidadãos humanos” que prioriza a dignidade do ser humano, enraizada na Declaração dos Direitos Humanos, pois há muitas visões de cidadania, até a cidadania só para alguns, ficando excluídos os que estão “fora”, na marginalidade, da(s) cidade(s).
2. Por vezes deixa-nos a pensar tanto um governado poder chamado social(ista) que vai esquecendo a sociabilidade (tudo são números de uma economia sempre à frente de tudo!), como nos deixa a reflectir (na essência) também o limitado alcance e a menor profundidade de “ser”, de “sentido do essencial”, de visões que exaltam e mesmo quase “divinizam” a “república”, como se ela fosse bem mais importante que as pessoas concretas. Colocar qualquer sistema sócio-político acima das pessoas será o primeiro passo para esquecê-las... Tantas histórias da história humana e nacional já mostraram indignificantes realizações neste contexto. É certo que, caminhando na história, os sistemas sociais haverão de garantir não só uma neutralidade (que nunca ninguém consegue), mas uma “inclusão” proporcionada de tudo quanto for bom para a comunidade, “seja bem-vindo quem vier por bem!”
3. Saber (con)viver com a manifestação da diferença de pensamento social, político, religioso, clubístico, será sinal de uma autêntica preparação democrática assente na respeitabilidade da opinião de cada pessoa. Mas o discernimento sobre a razoabilidade desta ou daquela diversidade é terreno sempre novo. Neste contexto erguer-se-á a formação humana como referencial construtivo e uma visão de pluralismo que seja garantida pelo sistema de regulação humanista e dignificante (esta uma função nuclear do Estado de Direito). A democracia, assim, por inerência, contextualizará tanto as manifestações da liberdade de pensamento, como também o respeito das regras previamente acordadas e dignificantes das mesmas manifestações. Uma qualquer causa não justifica uma qualquer manifestação ou a sua fiscalização ou mesmo impedimento. Temos, ainda, muito a caminhar para chamar “LIBERDADE” às liberdades que vamos experimentando. Precisamos de cidadãos humanos. Venha o (livre) Congresso de Aveiro!
Alexandre Cruz [10.10.07]

10 de outubro de 2007

Canto da Saudade

Mário Galiano/Caras in Expresso

Faleceu Raúl Durão. Sinto uma tristeza profunda, pois este homem foi um dos rostos marcantes da RTP. Um dos rostos com quem se aprendia a falar, a comunicar, sem erros, com respeito pelas pessoas, pelos convidados, coisa que hoje começa a ser rara.

Faleceu uma referência de qualidade na televisão.

Lembro-me de ser puto e o ouvir e ver a dizer que Sá Carneiro tinha morrido. O primeiro grande acontecimento político, humano, mediático, que me afectou e fez desenvolver em mim e nos meus colegas de Escola Preparatória um sentido político, e nos colocou a discutir coisas para além da sala de aula e das nossas distrações.

Sinto um forte tristeza, agravada pelo facto de ver uma televisão que, fora as honrosas excepções, enxutou o respeito pelo rigor, pela qualidade, pelas pessoas, pela liberdade, para um canal memória.

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Cartas para Sakhalin - Diário de Aveiro (18)

Assumir as rédeas da Escola

No passado dia 5 de Outubro, nas Comemorações da Instauração da República, o Senhor Presidente Cavaco Silva centrou o seu discurso num desígnio inspirador: a Educação.
Todos sabemos que é na Educação que reside o sucesso de um país, de um povo. Nunca é demais sublinhar que as pessoas são o nosso melhor e mais durável recurso. Se é assim, é na Educação que devemos colocar grande parte do nosso esforço, do nosso investimento. Mas esse empenho não tem que ver apenas com dinheiro. Provavelmente, tem até muito mais a ver com outras coisas.
Portugal fez um investimento financeiro grande no sistema educativo nos últimos anos, mas os resultados não são animadores – basta olhar para a elevadíssima taxa de abandono escolar e de insucesso, em todos os níveis de ensino.
Demos um salto gigantesco na generalização do acesso à Educação, é certo, mas isso não basta se a maioria desiste e tem maus resultados. Há inúmeros e difíceis problemas por resolver. A democratização do sistema de ensino, que antes do 25 de Abril não era para quem queria, mas para quem podia, transformou-se numa massificação confusa, redutora da diversidade, da motivação, da ambição.
A Escola vive hoje problemas complexos – sem respostas fáceis – que urge combater com o envolvimento persistente de todos.
A mensagem do Presidente, apelando a uma Escola “nova”, entregue às comunidades locais, é, portanto, motivo de forte inspiração e a abertura de uma oportunidade valiosa.
O repto lançado a toda a comunidade, com especial acento tónico na responsabilidade dos pais, coloca perante os nossos olhos um horizonte, uma ambição, uma responsabilidade, um dever inadiável. E faz uma crítica clara ao actual estado de coisas, apontando o dedo ao desleixo dos pais, ao desrespeito pelos professores, o que nem é muito habitual no discurso político. Podemos dizer, em jeito de desculpa, que muitos dos pais fazem o pouco que sabem e podem, coitados, que ninguém lhes ensinou mais, que não têm tempo para acompanhar os filhos. Mas só acredita nisto quem quer. Se continuarmos neste caminho de desculpabilização, pedindo ao Estado – esse ente mítico de bolsos largos e vista curta –, que tudo resolva, estaremos fritos enquanto o diabo esfrega um olho.
A Escola não é um armazém, onde os pais depositam os seus filhos de manhã e os vão buscar quase à noite, à hora de jantar-xixi-cama. Também não pode ser refúgio de professores acomodados, fechados num casulo de segurança, onde a idade é um posto, e os novos, por melhores que sejam, não têm lugar.
As nossas escolas não deverão ser, certamente, linhas de montagem, monótonas, trituradoras das convicções de cada um, do pensamento, da criatividade e do sentido crítico, mas antes uma comunidade viva, com respeito pela diversidade, que inclua os pais, familiares, autarquias, empresas, associações, polícias, bombeiros, e por aí adiante.
Um projecto de Escola que seja mais atractivo, mais inspirador, que convide as pessoas para dentro da Escola e leve a Escola à casa de cada um. Um projecto de Escola mais responsabilizante, mais exigente, mais rigoroso, sem promessas de falsa e perigosa facilidade. Uma Escola onde os professores se mantém actualizados, dinâmicos, motivados pela qualidade e o seu trabalho é avaliado pelos resultados dos seus alunos em exames externos. Contudo, isto só será possível numa Escola onde os professores têm instrumentos para trabalhar e se fazer respeitar, e onde podem consolidar um projecto de carreira baseado no esforço, na dedicação e na vocação.
Uma Escola mais livre, rica na pluralidade, aberta ao mundo, ambiciosa, assente no trabalho, formadora de gente livre e capaz.
O desafio lançado pelo Presidente da República é sem dúvida inspirador e obriga-nos a uma atitude bem diferente. A primeira mudança deverá partir do próprio Estado centralista, que tem de devolver as rédeas das escolas às pessoas e às comunidades. A segunda, de assumir o desafio localmente, depende das pessoas e das entidades locais, que devem abrir caminho, sem demoras.
Vamos ver o que Aveiro dirá sobre isto.
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(Hoje no jornal Diário de Aveiro)

Hoje

Hoje é um dia especial. O sol brilha intensamente. Há uma brisa no ar, que me traz a maresia. Quase ouço o mar dizendo-me coisas do mundo, do outro lado. Vêm no vento, quando sopra um pouco mais forte, cheiros tropicais, aromas fortes, amizade. Vem a família, nesse calor bom e manso. Paz.

9 de outubro de 2007

Na Linha Da Utopia

Pena da Vida”
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1. É uma virtude apreciar a vida! Não só quando ela escapa ou quando é colocada em perigo por visões que a desprestigiam, mas todos os dias o apreciar a vida como um “dom”, superior à nossa própria ordem da racionalidade, ao nosso “querer”, é sinal de autêntica profundidade de uma existência pessoal que abre “portas” a um autêntico sentido de vida. Como em tudo, só quando se reflecte e aprecia se pode proteger!...
2. Na pressa agitada e “stessada” dos tempos que correm cada vez tornar-se-á mais difícil esse apreço pelo mistério do “Ser pessoal” que nos envolve tudo o que somos; os tempos são mais de quantidade que de qualidade. Talvez o altíssimo conhecimento científico do nos viesse garantir (quase como obrigação ética) esse nova sensibilidade no apreciar da vida; mas nem por isso, com pena, mais conhecimento tantas vezes não é sinónimo de maior zelo cuidadoso…
3. Dia 10 de Outubro, Dia Mundial da Saúde Mental e Dia Mundial Contra a Pena de Morte, o Conselho da Europa decidiu proclamar este dia como “Jornada Europeia Contra a Pena de Morte”, decisão esta que havia sido bloqueada ao nível da União Europeia pelo veto de Varsóvia, Polónia. A irreverente razão polaca toca no essencial, dizendo que a Europa precisa de fazer um reflexão mais ampla sobre o direito à vida, aspecto que toca problemáticas como o aborto e a eutanásia. Fracturante, mas é a verdade da vida!...
4. Cruzaram-se, nesse contexto, as visões diplomáticas com a visão objectiva da própria realidade. Dir-se-á que, mais que dias “contra” (que têm o seu lugar como início de um caminho) a Europa pós-racionalista precisará, para se refrescar, dos dias a favor dos valores fundamentais, entre eles o valor que fundamenta a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a dignidade da Pessoa Humana. Terá de ser esta a fonte, quando não reflectimos já “poluídos”! Talvez seja hora, para além destes dias comemorativos, de incentivar todos os esforços dos que têm “pena da vida”.
5. Quando não, continuamos a querer o sol na eira e a chuva no nabal. Defendemos dias “contra” os males terríveis que se fazem (entre eles a pena de morte que todos os anos continua a ceifar milhares de pessoas em países chamados de modernos), por outro lado, esquecemo-nos da coerência interna dessa defesa da dignidade humana ao permitir, diplomática e elegantemente, outras execuções de vidas inocentes. Devolvamos (pedagogicamente) à VIDA toda a sua grandeza, não estraguemos. Ela é, por essência, intocável, inviolável, única, um “dom” que nos ultrapassa e que não temos o direito de gerir como dá jeito! Seja em que latitude for. Só assim haverá rumo certo! Enquanto isso, vamo-nos enganando e a vida passa!
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Alexandre Cruz [09.10.2007]

Pink Floyd - Roger Waters

Hey You (Waters) 4:39
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Hey you, out there in the cold
Getting lonely, getting old
Can you feel me?
Hey you, standing in the aisles
With itchy feet and fading smiles
Can you feel me?
Hey you, dont help them to bury the light
Don't give in without a fight.
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Hey you, out there on your own
Sitting naked by the phone
Would you touch me?
Hey you, with you ear against the wall
Waiting for someone to call out
Would you touch me?
Hey you, would you help me to carry the stone?
Open your heart, I'm coming home.
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But it was only fantasy.
The wall was too high,
As you can see.
No matter how he tried,
He could not break free.
And the worms ate into his brain.
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Hey you, standing in the road
always doing what you're told,
Can you help me?
Hey you, out there beyond the wall,
Breaking bottles in the hall,
Can you help me?
Hey you, don't tell me there's no hope at all
Together we stand, divided we fall.
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[Click of TV being turned on]
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"Well, only got an hour of daylight left. Better get started"
"Isnt it unsafe to travel at night?"
"It'll be a lot less safe to stay here. You're father's gunna pick up our trail before long"
"Can Loca ride?"
"Yeah, I can ride... Magaret, time to go! Maigret, thank you for everything"
"Goodbye Chenga"
"Goodbye miss ..."
"I'll be back"
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(colhida aqui)

Pink Floyd Dark Side Of The Moon Video Album Part 2

Esta fica em homenagem a uma amiga antiga, dos tempos de liceu, que me ajudou a aprofundar o gosto pelos Pink Floyd. Coisas que não se esquecem.

Blogosfera

De Nélson Peralta no A Ilusão da Visão (blog que recomendo):
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«Em 2002 a Câmara de Aveiro, na altura sob a Presidência de Alberto Souto, escriturou uma permuta de terrenos com um particular que deveria ser efectuada até algures [Maio?] em 2003 . Deste contrato fazia parte a indemnização de 15.000 por cada mês de atraso na permuta.
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ontem o assunto foi resolvido com um acordo e com a revogação da escritura de 2002, quando o caso já estava em tribunal e a indemnização (entre compensação, juros e penalizações) ascendia a 929.600 euros.

Pink Floyd Live at Pompeii - Echoes Part 1a

Haverá alguma coisa parecida? Não sei explicar, talvez a influência que tiveram na minha pré-adolescência e na adolescência, não sei, fico maravilhado quando os ouço.

8 de outubro de 2007

OuTonalidades



Conheça todos os 26 grupos desta edição e respectivo roteiro:
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Conheça todos os 10 espaços desta edição e respectiva agenda:http://www.dorfeu.com/eventos/outonalidades/2007/img/desdobravel_digital_out07_c.gif11ª
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edição 04 Outubro a 22 Dezembro 2007 circuito nacional
Águeda, Cantanhede, Estarreja, Évora, Fundão, Guarda, Lisboa, Paços de Ferreira, Tondela

OuTonalidades alarga circuito a oito distritos!
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É cada vez mais nacional o roteiro do OuTonalidades, evento rotativo de música ao vivo que começou por ser um pequeno circuito local de bares e que já chega, nesta edição, a oito distritos: Aveiro, Évora, Lisboa, Viseu, Porto, Coimbra, Guarda, Castelo Branco.O OuTonalidades reforça, a cada nova edição, uma proposta de programação que privilegia a adesão de bares de vocação cultural, hábitos e condições de música ao vivo, nomeadamente espaços associativos e cafés-concerto. O Outonalidades não é um festival de bares com música, mas antes um festival de música nos bares. A evolução da lista de espaços aderentes ao OuTonalidades reforça essa ideia e estimula o cruzamento de esforços de muita da programação independente em Portugal.A preferência por este universo de locais tem como consequência o alargamento do roteiro a quase metade do território nacional, depois de ter iniciado há 11 anos como um pequeno circuito local de bares em Águeda, que continua aliás a ser epicentro do circuito. Depois de na última edição ter já percorrido cinco distritos, este ano o OuTonalidades vai chegar a oito: Porto, Aveiro, Coimbra, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Évora.Por outro lado, esta foi a edição que mais procura por parte dos grupos suscitou. De uma bolsa inicial de mais de 80 grupos inscritos, facto absolutamente inédito, chegou-se a um programa com a presença de 26 grupos no roteiro, oriundos de todo o país e também de Espanha, de genéros que vão do jazz ao tradicional, do rock ao humor, do pop ao fado, do experimental às músicas do mundo.O circuito actual do OuTonalidades, em franca expansão geográfica e em enorme palco de oportunidades, estimula o sentido de rede, partilhando pequenos espectáculos em pequenos espaços. É um evento de pequeno formato, mas com o envolvimento e visibilidade dos grandes acontecimentos.O OuTonalidades®, que é Marca Nacional Registada enquanto evento cultural, é reconhecido como actividade de Superior Interesse Cultural pelo Ministério da Cultura desde 2003. Os Municípios de Estarreja e de Águeda são parceiros desta 11º edição, que é produzida pela d’Orfeu Associação Cultural.Com um OuTonalidades assim, escolha o roteiro e viva o Outono a cores!