Andam aí uns meninos, que devem ter feito aqueles cursos de "desobediência civil" organizados pelo BE, a jogar aos cowboys no limite da decência e da legalidade, i.e., no fio da navalha, na quase-criminalidade organizada. Então não é que esta gente, sem qualquer respeito pela propriedade privada, a não ser a sua - nem a dos pais lhes importa, pois vivem à custa deles, com total desrespeito pelo dinheiro e pelo esforço que ele exigiu -, anda para aí a destruir o trabalho dos outros? E ainda por cima com a colaboração das autoridades, que ficam a ver passar a caravana, sem prender a malta. Não acho bem, camaradas, não acho bem. Afinal, em que país vivemos?
Leiam esta pérola emprestada pelo Abrupto:
A concentração, com mais de uma centena de pessoas, na maioria jovens portugueses e estrangeiros, foi preparada em segredo, por contactos de SMS e e-mail. Mas as autoridades souberam do que se iria passar. Por isso, logo pela manhã, foi destacada uma patrulha para perto da herdade. Enquanto os militares permaneceram por perto, nada aconteceu; mal viraram costas, chegou um autocarro de onde saíram os ambientalistas que estragaram o cereal. Com o regresso da GNR, em número reforçado, terminou a tarefa. Quando se aproximou o segundo autocarro, afirmou o comandante Bengala, "tocaram tambores, ouviu-se música, e a coisa ficou por ali". A líder do movimento, acrescentou o oficial da Guarda, "até agradeceu a colaboração da GNR, e pediu desculpa dizendo que a situação lhe tinha saído fora de controlo".
A GNR apenas identificou meia dúzia dos manifestantes. Bengala afirmou que dispõe dos elementos necessários para "prosseguir com um inquérito, se for essa a vontade do proprietário lesado". José Menezes já disse que vai hoje apresentar queixa pelos prejuízos causados. Além desta propriedade possui ainda uma vinha, "mas a uva vai para a cooperativa, e não pagam". Por coincidência, "arrancaram a parcela com melhor milho, que daria cerca de 40 toneladas". O agricultor não entende. Diz que a sua propriedade está legal. O director regional de agricultura do Algarve, Castelão Rodrigues, confirma: "A plantação de milho está autorizada, foi fiscalizada e cumpre todas as regras legais.
"Para a GNR, os manifestantes não pretendiam o "confronto" com as autoridades, mas apenas "chamar a atenção da opinião pública para as suas ideias". Quando o objectivo foi alcançado, disse Bengala,"entraram calmamente no autocarro e tudo correu de forma civilizada". Gualter Baptista assume a vertente revolucionária do movimento que diz ser "informal", baptizado de "Verde Eufémia", em homenagem às "lutas camponesas no Alentejo". Ao agricultor, afirmou, ofereceram "milho biológico para semear, caso quisesse abandonar os transgénicos". E a resposta? "Foi muito difícil conversar, os agricultores estão mal informados."
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E já agora, não resisto: aqui, aqui, aqui, Transgénicos Fora, Fora do Prato, aqui, e GAIA na FCT-UNL, como pólen ao vento.
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