Páscoa, a festa da Humanidade!
1. Chega-se à Páscoa mediante a realização do caminho vivido. A Páscoa não vem de fora, brota de dentro. Sendo em si um acontecimento de percepção definitiva e intemporal, a sua lembrança na história de cada ano vem recordar-nos que há VIDA para além da vida diária. As festividades pascais não chegam de forma instantânea, nem são umas tantas coisas que se saboreiam, comem, bebem ou cantam. O sentido autêntico da Páscoa quer corresponder ao dar largas à nossa própria interioridade, abrindo as janelas do coração à esperança que insiste sempre em triunfar sobre tudo aquilo que a retarda... Como há dias de forma muito interessante dizia Bento Domingues, «fora do amor não há salvação». A Páscoa quer ser a festa do amor que brota da fonte inapagável de Deus-Pessoa e que quer “jorrar” para uma vida (e)terna.
2. A Humanidade como a conhecemos está repleta de histórias, pensamentos, concepções, filosofias, políticas, visões de personalidades que foram alavancando o futuro. Muitas dessas formas de ler a vida e as sociedades, com os impulsos do progresso, foram passando à história, e muitas delas mesmo, levadas ao limite, originaram grandes guerras e divisões sociais. Que o diga o Séc. XX! Quanto mais as concepções foram ou vão absolutizando a história concreta das coisas mais a fronteira foi ou vai resvalando para o limitado, “cego” e mesmo absolutizador interesse particular. Essa foi sempre a matriz das ideologias totalitárias, que a partir da parte procuraram explicar “tudo”. Já em contrapartida, quanto mais ampla é a abrangência do coração humano mais essa “revelação” se abre de forma integrada à totalidade de todo e cada ser humano. Este é o “passo” definitivo que faz perdurar na história da humanidade as visões supra-históricas como o pensamento das grandes filosofias ou religiões.
3. Compreender o verdadeiro sentido da Páscoa (judeo-cristã) obriga a situarmo-nos acima das coisas diárias. Pelo recolhimento, na busca de elos de unidade entre o que somos, fazemos e desejamos de melhor. Na Páscoa Deus e o ser humano encontram-se, superam-se, transcendem-se, libertam-se na “liberdade” do Amor. Na Páscoa, a história que foi visitada (no Natal) não é fechada, não é “eterno retorno”, é abertura sem fronteiras, convite que inclui quem quer “tocar” o ilimitado, quem alia todas as “razões” e todo o “sentir” emocional; como na vida existencial, tudo se junta, tudo se liberta e tudo se transfigura. Tal como o grão de trigo... Mas para dar fruto é preciso plantar e cuidar. Sendo da “razão” que não se pode esperar fruto onde não se semeou, para o surpreendente Amor Absoluto de Deus…nunca é tarde. A Mesa está posta! Mesmo para “Quem” habita nas “encruzilhadas” dos caminhos. Basta “querer” (reviver) para ser Páscoa! Tão fácil, mas tão difícil. Que todos os “filhos” queiram a Mesa do Pai!
1. Chega-se à Páscoa mediante a realização do caminho vivido. A Páscoa não vem de fora, brota de dentro. Sendo em si um acontecimento de percepção definitiva e intemporal, a sua lembrança na história de cada ano vem recordar-nos que há VIDA para além da vida diária. As festividades pascais não chegam de forma instantânea, nem são umas tantas coisas que se saboreiam, comem, bebem ou cantam. O sentido autêntico da Páscoa quer corresponder ao dar largas à nossa própria interioridade, abrindo as janelas do coração à esperança que insiste sempre em triunfar sobre tudo aquilo que a retarda... Como há dias de forma muito interessante dizia Bento Domingues, «fora do amor não há salvação». A Páscoa quer ser a festa do amor que brota da fonte inapagável de Deus-Pessoa e que quer “jorrar” para uma vida (e)terna.
2. A Humanidade como a conhecemos está repleta de histórias, pensamentos, concepções, filosofias, políticas, visões de personalidades que foram alavancando o futuro. Muitas dessas formas de ler a vida e as sociedades, com os impulsos do progresso, foram passando à história, e muitas delas mesmo, levadas ao limite, originaram grandes guerras e divisões sociais. Que o diga o Séc. XX! Quanto mais as concepções foram ou vão absolutizando a história concreta das coisas mais a fronteira foi ou vai resvalando para o limitado, “cego” e mesmo absolutizador interesse particular. Essa foi sempre a matriz das ideologias totalitárias, que a partir da parte procuraram explicar “tudo”. Já em contrapartida, quanto mais ampla é a abrangência do coração humano mais essa “revelação” se abre de forma integrada à totalidade de todo e cada ser humano. Este é o “passo” definitivo que faz perdurar na história da humanidade as visões supra-históricas como o pensamento das grandes filosofias ou religiões.
3. Compreender o verdadeiro sentido da Páscoa (judeo-cristã) obriga a situarmo-nos acima das coisas diárias. Pelo recolhimento, na busca de elos de unidade entre o que somos, fazemos e desejamos de melhor. Na Páscoa Deus e o ser humano encontram-se, superam-se, transcendem-se, libertam-se na “liberdade” do Amor. Na Páscoa, a história que foi visitada (no Natal) não é fechada, não é “eterno retorno”, é abertura sem fronteiras, convite que inclui quem quer “tocar” o ilimitado, quem alia todas as “razões” e todo o “sentir” emocional; como na vida existencial, tudo se junta, tudo se liberta e tudo se transfigura. Tal como o grão de trigo... Mas para dar fruto é preciso plantar e cuidar. Sendo da “razão” que não se pode esperar fruto onde não se semeou, para o surpreendente Amor Absoluto de Deus…nunca é tarde. A Mesa está posta! Mesmo para “Quem” habita nas “encruzilhadas” dos caminhos. Basta “querer” (reviver) para ser Páscoa! Tão fácil, mas tão difícil. Que todos os “filhos” queiram a Mesa do Pai!
Alexandre Cruz [19.03.2008]
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