13 de maio de 2008


Para mais divulgação das nossas ideias (MEP), aqui deixo a entrevista que dei ao jornal da minha terra "Soberania do Povo":

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POLÍTICA: MOVIMENTO ESPERANÇA PORTUGAL APELA À PARTICIPAÇÃO CÍVICA
por Redacção Soberania em Maio 09, 2008

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MEP é o novo movimento do espaço político nacional.

Ângelo Ferreira (AF) nasceu em Angola e é filho de mãe aguedense, do Passadouro (Aguada de Baixo), onde viveu grande parte da infância e juventude. Aos 38 anos, é um dos fundadores, ao lado de Rui Marques, antigo Alto-Comissário para a Imigração.
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SP: O que é, como define, o Movimento Esperança Portugal (MEP)?
AF: É uma associação cívica, formada por cidadãos comuns, que pretende tornar-se num partido político. Está na fase de recolha de assinaturas, crescimento e elaboração da proposta de acção política concreta, que conta poder apresentar aos portugueses até Novembro. Não aparecendo contra o sistema, nem contra os partidos, tem como um dos objectivos o apelo à participação cívica dos cidadãos, o que inclui a actividade partidária, como forma de elevar o debate e a acção política, uma das mais nobres formas de luta por uma sociedade mais livre, responsável e justa.
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SP: Com que propósitos surge?
AF: Pretende ser nova proposta política, humanista, personalista, com base no pressuposto que a esperança, individual e colectiva, é a força motriz da realização humana e desenvolvimento sócio-económico. O MEP procura aliar o ideal ao pragmático, numa resposta nova e dinâmica aos problemas e desafios actuais, rejeitando a divisão artificial entre esquerda e direita, entre bons e maus, evitando a visão clubista dos partidos. Aparece igualmente com o propósito de dignificar a actividade política, com um discurso construtivo, contra a crispação social vigente, por um debate político mais elevado.
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SP: É admissível que haja espaço para mais um movimento partidário?
AF: A democracia não tem numerus clausus. O espaço para o aparecimento do MEP será uma decisão dos portugueses. A nossa maior preocupação, querendo naturalmente conquistar votos nas eleições, para poder ter uma voz activa nas decisões políticas, é a de poder apresentar uma proposta séria, rigorosa, responsável, que acrescente valor.
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SP: Mas não sente que os portugueses estão cansados dos partidos?
AF: Sinto que os portugueses estão algo descrentes quanto ao futuro e cansados de alguns maus exemplos da classe política. Por isso, sentimos a necessidade e urgência de construir uma proposta nova, que leve esperança às pessoas e a certeza de que melhor é possível, se nos empenharmos mais. Não há razão para nos vermos condenados ao insucesso, antes pelo contrário. Sempre fomos capazes de grandes feitos, de grandes empresas, nomeadamente com uma vocação universalista.
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SP: Regressar a esse desafio?
AF: Exacto. Nomeadamente no contexto da globalização, colocando a fasquia alta. Isso exige-nos forte dedicação, oferta educativa e formativa diversificada e de qualidade, maior aposta no empreendedorismo, na capacidade de arriscar e inovar, no esforço e trabalho árduo para atingir objectivos de curto, médio e longo prazo. E também uma acção individual e social capaz de construir uma sociedade coesa, onde impere a liberdade, justiça e solidariedade.
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SP: Qual é o espaço do MEP?
AF: No centro. Um centro de bom senso e equilíbrio, mas dinâmico e inovador, procurando as melhores soluções, sem receio prévio de catalogação ideológica com base em concepções tradicionais. O MEP cultivará os referenciais do bem comum, considerando a realização do homem todo e de todos os homens e mulheres, da solidariedade social, da economia social de mercado, da subsidiariedade e da democracia.
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SP: Quais serão as prioridades?
AF: Assentarão em sete eixos: uma mesa com lugar para todos; uma sociedade de famílias; uma cultura de pontes; um desenvolvimento humano sustentável; uma democracia mais próxima dos cidadãos; uma solidariedade intergeracional; um mundo interdependente e solidário.
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SP: Qual tem sido a adesão dos aveirenses ao MEP?
AF: Estamos a crescer e abertos a todas as pessoas que se revejam no nosso projecto. A adesão dos aveirenses tem sido boa, com forte incentivo, por reconhecerem que há necessidade de um debate político mais profundo, que envolva todos na construção de melhores propostas, que responsabilize, em vez de afastar e desresponsabilizar. Lançamos o desafio para que se juntem a nós neste caminho e nos contactem em mepaveiro@gmail.com.
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SP: Admite que o MEP possa concorrer às eleições do próximo ano?
AF: A nossa maior preocupação é construir, com grande responsabilidade, uma proposta séria e valiosa para apresentar aos portugueses, ao mesmo tempo que edificamos o partido. Se tivermos, na altura devida e nos diferentes locais, propostas e protagonistas de valor, seremos seguramente candidatos a esse voto de confiança.

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