22 de agosto de 2007

Gajos transgénicos VI

Vasco Graça Moura, num texto hoje no DN (O Caso das Borboletas Trapalhonas), veio levantar um aspecto importante relativo às desculpas algo esfarrapadas do MAI e à justificação que deu para a actuação da GNR, que para ele foi exemplar. Vindo deste ministro, é ainda mais grave. Se fosse noutros tempos, já estava na rua. Confesso não ter simpatia nenhuma por ele. Recordo-me bem como na altura do referendo do aborto já ter notado que ele se estava a fazer ao prato. Não me pareceu isento, equilibrado, antes prontinho a fazer jeitos a qualquer custo. Não gosto desta falta de espinha na política. Há gente a mais, desta, num país tão pequeno. E, se calhar, é mesmo por isso, por ele ser pequeno. Então não viram o que ainda há pouco tempo aconteceu com o Sr. Júdice? Por falar nisso, tudo ficou esquecido, tudo não passou de um filme. Mas cá para mim, há muitas gente pronta a favores na política para ganhar alguma coisa em troca. Há quem me diga, com alguma frequência: «Eles é que sabem.»
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Aqui vai:
«O n.º 3 do art.º 255 do Código de Processo Penal manda fazer exactamente o contrário daquilo que a GNR fez no caso dos transgénicos: em flagrante delito, primeiro procede-se à detenção e, se o procedimento criminal depender de queixa e esta não for apresentada, depois é que a detenção é levantada.
A GNR não deteve ninguém. O ministro da Administração Interna ignorou a questão do flagrante delito!
A GNR só identificou seis pessoas. Deixou escapar umas dezenas de criminosos estrangeiros, mascarados e surpreendidos em flagrante delito, apesar de se dever pensar que 18 dos seus agentes deviam chegar para deter e identificar a horda.»

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