Abençoada dúvida de Teresa de Calcutá
Quando dos 10 anos do falecimento de Teresa de Calcutá (pela mesma altura do de Diana) muito se falou acerca da dúvida que a acompanhou em parte significativa da sua vida. Um mundo de mal entendidos e mesmo desencantos pairaram sobre a figura da mãe dos pobres dos pobres de Calcutá.
Talvez, mesmo em muitos meios ligados à área da religião, paire uma ideia pálida de que a santidade é sinónimo de uma linearidade e certeza inquestionáveis. Puro engano, pura ilusão das nuvens, como se a santidade na vida real fosse o viver acima das nuvens.
À condição humana, que se vai entreabrindo na sua realização histórica concreta, pertence a ansiedade, a aridez, a inquietude, a dúvida (quase como se fosse um aguilhão sempre presente). O conhecer-se a si mesmo e o viver a intensidade da vida no mundo, faz com que essa “distância” sempre existente em relação ao absoluto de Deus ganhe contornos de uma hercúlea batalha existencial.
Claro que ao ser “santinho” não pertence nada deste dinamismo criativo; e, no fundo, ser santinho, é algo que não existe, a não ser na mente de quem oculta a grandeza do ser humano que habita em si e vive “à sombra” de imagens que desta ou daquela religião lhe imprimiram, acabando por ocultar a sua própria dignidade humana mais profunda.
Se a dúvida de Teresa é sinal, maior ainda, da sua grandeza, a sua “aposta” desafia todos aqueles que pararam na dúvida, ficando a meio do caminho. Teresa diz-nos que, na sinceridade das dúvidas, haverá que dar passos corajosos no rumo da descoberta do ser-Deus; não um duvidar (metódico) para ficar sempre na mesma. Não um nem sequer duvidar!...
Abençoada dúvida de Teresa que tantos frutos deu! (Já da “dúvida” da Madeleine e da Selecção, nada há a dizer!)
Quando dos 10 anos do falecimento de Teresa de Calcutá (pela mesma altura do de Diana) muito se falou acerca da dúvida que a acompanhou em parte significativa da sua vida. Um mundo de mal entendidos e mesmo desencantos pairaram sobre a figura da mãe dos pobres dos pobres de Calcutá.
Talvez, mesmo em muitos meios ligados à área da religião, paire uma ideia pálida de que a santidade é sinónimo de uma linearidade e certeza inquestionáveis. Puro engano, pura ilusão das nuvens, como se a santidade na vida real fosse o viver acima das nuvens.
À condição humana, que se vai entreabrindo na sua realização histórica concreta, pertence a ansiedade, a aridez, a inquietude, a dúvida (quase como se fosse um aguilhão sempre presente). O conhecer-se a si mesmo e o viver a intensidade da vida no mundo, faz com que essa “distância” sempre existente em relação ao absoluto de Deus ganhe contornos de uma hercúlea batalha existencial.
Claro que ao ser “santinho” não pertence nada deste dinamismo criativo; e, no fundo, ser santinho, é algo que não existe, a não ser na mente de quem oculta a grandeza do ser humano que habita em si e vive “à sombra” de imagens que desta ou daquela religião lhe imprimiram, acabando por ocultar a sua própria dignidade humana mais profunda.
Se a dúvida de Teresa é sinal, maior ainda, da sua grandeza, a sua “aposta” desafia todos aqueles que pararam na dúvida, ficando a meio do caminho. Teresa diz-nos que, na sinceridade das dúvidas, haverá que dar passos corajosos no rumo da descoberta do ser-Deus; não um duvidar (metódico) para ficar sempre na mesma. Não um nem sequer duvidar!...
Abençoada dúvida de Teresa que tantos frutos deu! (Já da “dúvida” da Madeleine e da Selecção, nada há a dizer!)
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Alexandre Cruz [13.09.07]
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