17 de setembro de 2007

Na Linha Da Utopia

Sim, os livros escolares!

Começa o ano lectivo. Com o início das aulas, as habituais palavras sobre o aumento do preço dos livros e do material escolar, a par também do procurado protagonismo das editoras na mudança de livros de ano para ano. Já lá vão os tempos - e que não regressarão - em que os livros tinham a validade de alguns anos e transitavam de irmão em irmão.
Livros sempre novos…sinal de mais sabedoria e mais qualificada formação? Assim seja, para alunos e para educadores. Naturalmente que os desafios da educação contemporânea não se compadecem com o cristalizar, o parar, o viver no hábito instalado; acompanhar a tempo as inovações torna-se, hoje, um imperativo.
Há dias numa rádio nacional o debate era sobre os livros que são mais caros, havendo testemunhos de despesas na ordem dos 100 a 150 euros. Não duvidamos que às bolsas da nossa asfixiada classe média, a par dos aumentos das taxas de juro, a situação de gestão da vida não é nada fácil, mas…
Talvez valha a pena sublinhar, em destaque, que os livros escolares são para todo o ano e que não se trata de despesa mas de um importante investimento para a formação e qualificação do futuro profissional. Uma pedagogia em relação às virtudes dos livros escolares continua por fazer.
Mesmo fazendo contas, sempre apertadas, à vida, os livros e materiais escolares terão de ser considerados não como algo de periférico, secundário, mas sim como instrumentos de conhecimento, aprendizagem, valores tão necessários ao futuro cidadão.
E porque não considerar os livros adquiridos como um tesouro familiar que cada ano vai entrando em casa? E porque não dizer que, desde já, os livros escolares são a (melhor) prenda de Natal deste ano? E porque não não fazer tanta despesa no Euromilhões e investir mais nos livros escolares?!
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Alexandre Cruz [12.09.07]

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