21 de abril de 2008

Movimento Esperança Portugal

Sessão pública de apresentação
Aveiro, 18 de Abril, 2008
Biblioteca Municipal


Notícia da LUSA:

Conflito na Educação demonstrou que faltam "pontes" ao PS - Rui Marques (MEP)

Aveiro, 19 Abr (Lusa) - Rui Marques, ex-alto comissário para a Imigração e dinamizador do Movimento Esperança Portugal(MEP) disse sexta-feira que "é fundamental construir pontes, o que a maioria PS não tem sido capaz de fazer". Falando na apresentação em Aveiro do MEP, que quer concorrer como partido às eleições de 2009, Rui Marques expôs como uma das prioridades da acção política do Movimento "uma cultura de pontes e de negociação" que a actual maioria PS "não tem tido capacidade para construir".

"é fundamental construir pontes, como se viu na Educação, em que esta maioria não teve capacidade para construir pontes, o que levou 100 mil professores a manifestarem-se na rua. O momento de abertura da ministra chega tarde, porque era evidente que se devia ter negociado no início do processo e ouvido os professores" comentou. O MEP propõe concretamente o estabelecimento de "pactos de década" para a Educação, a Justiça ou a reforma do Estado. "Não podemos continuar a mudar de políticas em áreas-chave cada quatro anos e por vezes menos", sustentou Rui Marques, dando conta de que o programa político do Movimento estará pronto até ao final de 2008 e deverá concorrer, como partido político, às eleições de 2009.

Em relação ao seu posicionamento no espectro político, o MEP rejeita a classificação tradicional entre partidos de direita e de esquerda, afirmando "a ousadia de pensar diferente" na sua definição ideológica, assumindo-se como "humanista e pela sociedade da confiança". "Temos vindo a perder os laços de confiança entre nós e as instituições e precisamos de um Estado que confia. Os custos da desconfiança são bem maiores do que os da confiança. Defendemos um Estado que se norteie pela reciprocidade no relacionamento com os cidadãos, pessoa de bem, e que assume as penalizações que aplica, quando ele próprio não cumpre.

Queremos um Estado mais árbitro e menos prestador de serviços, que passe da lógica da oferta à da procura e se organize em função das necessidades do cidadão", expôs. Perante "a crise e o desânimo dos portugueses", o MEP responde com "a política da esperança".

"é uma crise séria, que é preciso perceber que vai aumentar, e por isso é fundamental que os portugueses a enfrentem com energia, acreditando em si próprios, correspondendo a três desígnios: ser melhor, transportando o ser uma ideia de identidade. Ser coeso, não deixando ninguém para trás porque todos temos de cuidar de todos. Ser global, porque temos historicamente condições para vingar nesse desígnio, como se viu com os descobrimentos e a emigração", disse.

O MEP, esclareceu, defende a economia social, explicando Rui Marques o conceito: "Os modelos de economia planificada falharam mas é evidente que a economia de mercado é imperfeita pelo que deve ser regulada pelo Estado em função do bem comum".

Elege como uma das suas bandeiras a democracia participativa, retomando a democracia dos cidadãos, porque "o modelo da democracia representativa, com eleições de quatro em quatro anos, não chega" mas garante que o MEP "não surge contra os partidos e os políticos do momento".

MSO. Lusa/Fim


2 comentários:

Anónimo disse...

Este post é bem demonstrativo do quanto o pretensamente "novo" movimento está aprisionado pelo quadro mental do "velho" sistema: a preocupação de divulgar um take da Lusa e, com isso, dar a entender que se tratou de algo que "até veio nos jornais" é disso sintomático.
Não se deveria desconhecer que é precisamente devido ao modo como vivem obcecados pela filtragem/trituração dos media que os partidos tanto têm desiludido os portugueses...
Começa mal, pois.

Anónimo disse...

Caríssimo X,
obrigado pela mensagem deixada, que não significa nada. Você é que vê as coisas pelo velho prisma, e critica a pessoa (eu) tendo por base um seu pre-conceito.
Coloquei aqui a notícia da LUSA porque não tive tempo para mais. Só isso, não tive tempo para mais. Não me interessa assim tanto o que diz a imprensa, mas, por acaso (ou não, talvez por qualidade do seu jornalista), o texto da LUSA é mais ou menos fiel ao que se disse; portanto, nada errado com o facto de o colocar aqui.
Tiros no escuro, os seus. E observações patéticas, de quem não me conhece e mistura o "partido" com o meu blog pessoal e a minha pessoa, desde logo. Uma observação típica do comum cobarde, escondendo-se no anonimato, que nem teve coragem de assinar o que escreveu. Mas, convido-o a assumir esta crítica e a conversar comigo, cara a cara. Mostre a cara, não tenha medo. Não há razões para isso.

Ângelo Ferreira